UFSC prepara propostas para atividades e Combate à Covid-19

Em vídeo, reitoria enumera medidas que estão sendo tomadas visando o funcionamento da instituição nos próximos meses de pandemia

Após a primeira semana de reuniões dos comitês e subcomitês de Combate à Pandemia do Covid-19, a Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está envolvida na discussão de planos para o ensino, trabalho e atividades presenciais e remotas. Até o início do próximo mês, espera-se já ser possível apresentar a proposta ao Conselho Universitário (CUn), e outras instâncias deliberativas para que a comunidade tenha definições sobre como devem ser os próximos meses na instituição, enquanto se enfrenta uma crise mundial de saúde pública.

A Agência de Comunicação da UFSC conversou, na última sexta-feira, 22 de maio, com o reitor Ubaldo Cesar Balthazar, o chefe de Gabinete, Aureo Moraes, e o diretor-geral do Gabinete, Álvaro Lezana para saber sobre as principais decisões que deverão ser tomadas na UFSC neste futuro próximo. Assista ao vídeo aqui.

Confira abaixo os principais trechos:

Subcomitês

A estrutura de governança é formada por um comitê central, um comitê assessor e cinco subcomitês técnicos. O reitor salientou que os comitês não são deliberativos, e que suas propostas serão apreciadas pelos órgãos colegiados. “A Administração Central está procurando agir da forma mais democrática possível, ouvindo todos os setores da Universidade, debatendo”, ressaltou.

Álvaro Lezana enumerou algumas das questões sobre as quais os comitês têm trabalhado. O Comitê Assessor analisará a viabilidade das propostas dos demais comitês. O Subcomitê Científico “vai dar um norte sobre as questões ligadas ao combate à pandemia principalmente com relação aos prazos ou quando se poderá haver a retomada gradual e em que condições será que essa retomada”, explicou. Já o Subcomitê de Comunicação, vem cuidando da relação da Universidade com seus públicos interno e externo.

O Subcomitê de Infraestrutura e Administração, tem feito os levantamentos da capacidade da UFSC para uma eventual retomada de atividades presenciais: salas, laboratórios espaços comuns como os Restaurantes Universitários e as bibliotecas, além da situação dos servidores que estão nos grupos de risco. O Subcomitê Acadêmico vai propor novas técnicas de ensino, questões com a carga horária de aulas, etc. E o Subcomitê de Assistência Estudantil, vem tratando das possibilidades de auxílio aos estudantes.

Prazos

Tanto o reitor como o diretor-geral do Gabinete falaram da urgência na tomada de decisões. Os gestores esperam propostas concretas já nesta semana. “Imaginamos que no início de junho já vamos ter algumas propostas para encaminhar aos órgãos deliberativos, seja ao Conselho Universitário, sejam às Câmaras, sejam às coordenações de cada curso”, explica Álvaro Lezana.

Sobre a portaria de suspensão de atividades presenciais, vigente até 31 de maio, antes de anunciar uma nova prorrogação, a Administração Central quer analisar os dados científicos. “Evidentemente que a Universidade poderia determinar a prorrogação dos prazos porque já existem algumas normativas externas que nos impõem alguns prazos. No entanto, nós sempre queremos ouvir o que é que a ciência está nos dizendo, qual é a evolução da pandemia. Para não correr o risco de tomarmos uma decisão que logo na frente tenhamos que modificar”, ressalta Lezana.

O chefe de Gabinete, Aureo Moraes, garantiu que a Universidade trabalhará com prazos informados com antecedência e com a flexibilidade de cenários para não prejudicar os estudantes. 

Calendário Acadêmico

Aureo ressaltou que não se cogita o cancelamento do semestre. “O cancelamento implica num conjunto de consequências que afetariam por exemplo a manutenção de bolsas pagas aos estudantes. Porque cancelar o semestre é como apagá-lo do calendário. Então toda e qualquer ação que possa vir a mitigar efeitos desta pandemia ela acaba por não ter espaço para poder ser aplicada. Cancelar é zerar, cancelar é esquecer, cancelar é omitir, e isso não está em cogitação. Com relação à suspensão, ela deve ser decorrente da cautela no tratamento que nós temos dado essa situação”.

Atividades de ensino

Álvaro Lezana ressaltou, ainda, que não haverá uma determinação sobre as atividades de ensino que sirvam para todos os cursos, e programas de pós-graduação. “Cada curso e cada programa de pós-graduação tem particularidades diferentes. Nós não poderemos pensar numa norma que abranja todos os aspectos de todos os cursos e de todos os programas. Nós teremos provavelmente que remeter muita coisa para as coordenações desses cursos e desses programas de pós-graduação.”

Leia na íntegra: Notícias UFSC