Florianópolis atinge 97% de ocupação nos leitos de UTI

Dados foram atualizados pela prefeitura da Capital na manhã desta quinta

A taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) em Florianópolis chegou a 97,16% nesta quinta-feira (9). Os dados constam no Covidômetro, ferramenta da prefeitura para divulgação dos números do coronavírus na cidade, e foram atualizados durante a manhã. Na quarta, a taxa estava em 94,6%.

O número é referente aos leitos de UTI para adultos. De acordo com a prefeitura, dos 211 leitos totais, 170 estão ocupados. Outros 35 estão indisponíveis. No momento, apenas 6 leitos estão livres para receber pacientes adultos em Florianópolis. A prefeitura também passou a divulgar a taxa de ocupação de UTIs pediátricas, que está em 60,87%, e neonatal, atualmente em 95%.

À beira do colapso, o sistema de saúde da Capital sofre os reflexos do aumento de casos de coronavírus. Nos últimos 30 dias, o número de doentes com a Covid-19 mais que dobrou. Eram 1.089 casos confirmados em 8 de junho. Na quarta (8), um mês depois, o número já chegava a 2.537. 

Por consequência, aumentam também as mortes. O total de vítimas fatais da doença em Florianópolis passou de 9 para 27 no mesmo período. O crescimento ocorreu depois de a cidade comemorar um mês sem sequer um registro de óbito por coronavírus.

Os dados também são do Covidômetro. Eles diferem dos divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), que precisa validar as informações que recebe dos municípios antes de inclui-las no boletim do governo.

O secretário de Saúde Florianópolis, Carlos Alberto Justo da Silva, falou sobre a taxa de ocupação de leitos na Capital nesta quinta à rádio CBN Diário. Ele classificou a situação como “extremamente preocupante”, e afirmou também que é necessário que haja uma “regulação mais efetiva” da ocupação de leitos das UTIs na Capital por parte do Governo do Estado.

De acordo com o secretário, o sistema de saúde da cidade acaba sobrecarregado pela demanda de municípios menores que não possuem estrutura e que, por conta disso, precisam encaminhar os pacientes para cidades maiores, como a Capital.

Ouça a entrevista do secretário para a rádio CBN Diário:

Leia na íntegra: NSC