Após quase um mês de aula, Aplicação avalia resultado do ensino remoto

Participação de alunos é positiva, mas sobrecarga de trabalho dos servidores se mostrou um desafio

O Colégio de Aplicação retomou as atividades de ensino de forma remota no dia 6 de julho e na primeira semana de agosto finaliza o primeiro mês de atividades não presenciais. Nos próximos dias, o colégio deve elaborar um balanço das atividades realizadas durante o período e ter um retrato do que funcionou e do que precisa ser aprimorado.

“Estamos realizando uma metodologia de debate de discussão sobre todos esses aspectos pedagógicos referentes a esse primeiro mês. Vamos fazer essa sequência de reuniões para avaliar esse mês e ver o que precisa ser melhorado, o que precisa ser ajustado”, explica Marina Soligo, diretora de ensino do colégio.

De modo geral, as primeiras quatros semanas de ensino têm sido positivas, segundo Marina Soligo. “O ganho está sendo bem positivo, as coisas estão entrando em uma rotina e estão funcionando.” Os professores elaboram propostas com videoaulas ao vivo e complementam com atividades assíncronas que são disponibilizadas na plataforma Moodle aos estudantes.

Cerca de 80% dos alunos do colégio aderiram ao modelo e seguem acompanhando as aulas remotamente. “Na semana passada, dos meus 100 alunos, 93 foram para a aula. Uma freqüência muito parecida com o modo presencial. Os alunos querem e estão indo para as atividades remotas”, avalia Camilo Araújo, professor de História do Colégio Aplicação.

No caso daqueles alunos que não conseguem participar, a equipe pedagógica, em conjunto com os coordenadores, tem feito o levantamento dos motivos e buscado soluções. Entre as medidas adotadas para garantir o acesso estão os empréstimos de notebooks e impressões dos materiais por parte dos profissionais voluntários que deixam os pacotes impressos no colégio para que a família possa buscar. “Isso é mais nos anos iniciais”, ressalta Marina Soligo.

O CA tem se dedicado a entender as razões que levaram alguns alunos a não participarem das atividades, para oferecer apoio como psicologia escolar e serviço social.

Além disso, a sobrecarga de trabalho por parte dos docentes e técnicos foi um desafio identificado em meio à adaptação a essa nova forma de trabalho. Diante disso, o colégio tem disponibilizado conteúdos online sobre assuntos ligados a ergonomia de trabalho e saúde. “Nesse sentido, a gente tem criado momentos de reflexão sobre a questão de saúde dos servidores. Estamos fazendo algumas lives sobre a questão da saúde mental e do corpo” diz Marina Soligo.

O Aplicação iniciou as atividades sem saber se as horas ministradas nesse período serão consideradas como parte do calendário obrigatório, como mostramos no dia 8 de julho. O diretor geral do colégio, Edson Souza de Azevedo, explica que o assunto está sendo debatido e deve ser apresentado no Conselho de Unidade e em seguida encaminhado para o Conselho Universitário. “Tem toda uma tramitação agora que as disciplinas estarão discutindo para passar pelo colegiado pleno que envolve famílias, estudantes, docentes e técnicos para depois no colegiado delegado nós referendarmos a decisão”, complementa.

Emily Menezes