Professores realizam protesto contra a volta às aulas presenciais em SP

Na rede estadual, retomada de atividades de ensino está prevista para 8 de setembro

Professores da rede pública estadual de São Paulo realizaram nesta terça, 28, um protesto contra a volta às aulas presenciais no estado, prevista para o dia 8 de setembro. Os docentes também reivindicaram o pagamento de salário e auxílio emergencial aos professores eventuais da rede pública estadual, que são remunerados apenas pelas aulas dadas.

Em coletiva de imprensa no dia 17 de julho, o governador do estado, João Doria (PSDB), e seu secretário de Educação, Rossieli Soares, reafirmaram a previsão de volta às aulas presenciais na rede pública de ensino para o dia 8 de setembro. 

A volta às atividades nas escolas, entretanto, depende de todo o estado estar na fase amarela do Plano São Paulo, que coordena a flexibilização das medidas de distanciamento social impostas pela pandemia do novo coronavírus. 

A presidente da Apeoesp e deputada estadual, Professora Bebel (PT), justificou o ato dizendo que as escolas não têm estrutura para seguir o protocolo sugerido pelo governo estadual. “Existem escolas inteiras precisando de reforma. Tem escola que não conta sequer com uma pia nos banheiros, e muito menos papel higiênico. Como falar em protocolo de segurança?”, afirmou. 

Doria vê ‘viés político’ em protesto 

Em coletiva de imprensa realizada ontem, João Doria afirmou que o protesto dos professores possui “viés político e extremado” e disse que existe um “diálogo permanente” entre os docentes e o governo. “A Apeoesp tem um viés político. Não é de hoje, é de muito tempo. Respeitamos, evidentemente, mas é um viés político e extremado”, disse. “Posso assegurar que a posição emanada aqui nesta manhã não é majoritária do professorado de São Paulo, é parcial”, continuou. 

Sobre a demanda do sindicado para que os professores temporários sejam pagos, Doria disse que não há a possibilidade de que isso aconteça. “Não faz sentido que o dinheiro público seja utilizado para pagar quem não está trabalhando. E não é porque nós não desejamos: é porque as circunstâncias de uma pandemia não permitem”, argumentou.

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