Educação para meninas e mulheres pode aumentar o PIB de países como o Brasil em até 10%

Cada dólar investido na educação e nos direitos das meninas pode gerar US$ 2,80 em retorno, o que equivale a bilhões de dólares a mais no PIB

Garantir que jovens mulheres terminem o ensino médio até 2030 pode aumentar o produto interno bruto (PIB) dos países em desenvolvimento em cerca de 10% na próxima década. Essa é a conclusão de um estudo divulgado na terça, 27. Cada dólar investido na educação e nos direitos das meninas pode gerar US$2,80 em retorno, o que equivale a bilhões de dólares a mais no PIB, de acordo com a pesquisa realizada pela organização Plan International e o grupo financeiro Citi.

“Os planos de recuperação da Covid-19 que priorizem o investimento na educação e no bem-estar das meninas ajudarão as comunidades e economias a se reconstruírem melhor e mais fortes”, afirmou Anne-Birgitte Albrectsen, CEO da Plan International.

Cerca de 130 milhões de meninas em todo o mundo já estavam fora da escola antes da pandemia de Covid-19 de acordo com a UNESCO, agência da ONU voltada para a Educação e a Cultura. Mais de 11 milhões não deverão voltar às aulas depois da pandemia.

As meninas têm mais chances de ficar fora da escola do que os meninos, segundo o UNICEF, agência a ONU dedicada às questões da infância. Muitas famílias com poucos recursos escolhem investir nos garotos. Além disso, elas estão mais expostas à violência, à pobreza e ao casamento infantil — questões que também impactam seu acesso à educação.

Países pobres podem enfrentar dificuldades para implementar programas que incentivem a educação de meninas e adolescentes, mas é bom lembrar que essa é uma das metas de desenvolvimento assinadas por líderes globais em 2015. A inclusão de mulheres pode aumentar a properidade e o bem-estar em todas as sociedades.

“Erradicar as barreiras à educação e ao desenvolvimento de meninas pode ser a chave para que os países atinjam os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU”, disse Andrew Pitt, chefe de pesquisa do Citi.

Leia na íntegra: O Globo