Na segunda-feira, o Ministério da Educação publicou portaria que exige a retomada das atividades presenciais a partir de 1° de março de 2021
Em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), desta segunda-feira (7), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, editou portaria que estabelece a retomada das aulas presenciais em universidade federais no dia 1° de março de 2021, desde que as instituições sigam os protocolos de prevenção ao coronavírus. Os recursos digitais, por sua vez, só deverão ser usados de modo complementar e excepcional. Segundo o documento, o plano para o retorno dos encontros presenciais ficará sob a responsabilidade dos reitores.
E firmados nesta liberdade e na autonomia universitária, que está prevista em lei, os responsáveis pelas universidades federais gaúchas — ouvidos por GZH — defendem a retomada presencial apenas quando houver controle da pandemia.
UFRGS
Patricia Pranke, reitora em exercício da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ressalta que a portaria prevê a prática do ensino não presencial se as instituições comunicarem ao Ministério da Educação (MEC) a impossibilidade da retomada. De acordo com a portaria, isso é possível desde que a suspensão das atividades letivas presenciais seja determinada pelas autoridades locais ou as condições sanitárias locais tragam riscos à segurança nas salas de aulas. Ela diz que, internamente, a universidade já optou pela continuidade do Ensino Remoto Emergencial (ERE) para o próximo semestre do ano que vem, que começa em 25 de janeiro e vai até 28 de maio, se a pandemia continuar avançando em Porto Alegre.
UFCSPA
Lucia Pellanda, reitora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), pontua que uma possível retomada será avaliada em março — tendo como base o quadro pandêmico de Porto Alegre —, visando a preservação da comunidade acadêmica, mas também da comunidade externa. Isso porque os professores da universidade atuam no atendimento de pacientes positivados para a doença.
UFPel
Reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Hallal afirma que a universidade definirá quando voltará para a sala de aula. Ele reforçou que a instituição tem sido uma grande protagonista no enfrentamento do coronavírus e seguirá desempenhando esse papel nos próximos meses.
UFSM
Paulo Afonso Burmann, reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), reforça que o retorno das aulas presenciais na instituição dependerá das condições sanitárias no período. Ele destaca ainda que as aulas presenciais são apenas parte do processo, pois a UFSM não parou.
FURG
A reitora da Universidade Federal de Rio Grande (FURG), Cleuza Dias, demonstrou preocupação com o anúncio da retomada das aulas presenciais em março. Segundo ela, a universidade irá analisar melhor a portaria e buscará soluções para, de forma autônoma, decidir o melhor momento para a retomada das aulas em Rio Grande.
Unipampa
Roberlaine Jorge, reitor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), explica que muitas das 10 cidades onde a instituição tem sede são de fronteira ou base de quarteis — o que eleva o risco de circulação do vírus. Por essa razão, o fato de a portaria considerar o quadro epidemiológico de cada região para determinar a volta aos trabalhos presenciais, o deixa menos preocupado em relação a normativa.
UFFS
Por meio de nota Marcelo Recktenvald, reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), diz que esta decisão do MEC tem maior flexibilidade e que a instituição “já desenvolveu os seus protocolos de biossegurança e proposta de calendário acadêmico que atendem ao disposto na nova portaria”.
Leia na íntegra: Gaúcha ZH