Questões de privilégio: vem aí a Bolsa-Farda

Gravações de sete reuniões reservadas ouvidas pela revista Piauí revelam como os militares articulam para ganhar bolsas de estudo milionárias

Que a vida está difícil diante dos frequentes cortes do orçamento para bolsas de estudo financiadas com dinheiro público, os pesquisadores brasileiros já sabem. Mas, se o bolsista for das Forças Armadas, o cenário é mais promissor.

Dois programas de pesquisa estão sendo desenhados pelo Departamento de Ensino do Ministério da Defesa e pelos comandos das três Forças (Exército, Marinha e Aeronáutica) com o intuito de enviar pesquisadores civis e militares ao exterior para desenvolver estudos em áreas consideradas estratégicas, como espacial, nuclear, de biossegurança, cibernética e de estudos estratégicos. Chamados de Propex-Defesa e Pró-Estratégia, os programas para pesquisador visitante, doutorado-sanduíche e pós-doutorado preveem custos que somam cerca 300 mil dólares por aluno, por ano (o equivalente a 1,6 milhão de reais anuais).

Estarão aptos a concorrer às bolsas pesquisadores ligados aos institutos de pesquisa das três Forças, sejam eles civis ou militares, embora os montantes mais elevados estejam destinados apenas aos bolsistas de farda.

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