Andifes lamenta recusa de Bolsonaro à reitora da UFG mais votada

Associação diz que o presidente da república “desrespeitou” a vontade majoritária da comunidade universitária, afirma o Correio Braziliense

Em carta, a Associação Nacional dos Dirigentes dos Institutos Federais de Ensino Superior (Andifes) cumprimenta a nova reitora da Universidade Federal de Goiás Angelita Pereira de Lima, além de desejar sucesso à professora escolhida pelo presidente da república. No entanto, “lamenta profundamente que, mais uma vez, o Presidente da República tenha desrespeitado a vontade majoritária daquela comunidade universitária, que escolheu como reitora a professora Sandramara Chaves”. 

No texto, a Andifes ressalta, em primeiro lugar, que o processo de escolha da professora Sandramara Chaves guardou absoluta harmonia com as normas legais e regimentais aplicáveis. Sua escolha recebeu parecer técnico favorável no Ministério da Educação e teve apoio e reconhecimento de diferentes representações empresariais, sociais e políticas do estado de Goiás. Teve o endosso dos candidatos que se submeteram à consulta à comunidade, bem como da segunda e da terceira colocadas na lista tríplice elaborada pelo Conselho Superior daquela Instituição.

A associação diz ainda que a professora Angelita Pereira de Lima, como, aliás, também a professora que constou como o segundo nome da lista tríplice, “goza de imenso reconhecimento e prestígio na sua comunidade, e também fora dela, e defende os mesmos princípios políticos da professora escolhida legitimamente pela comunidade”. Por isso, não há sequer, portanto, qualquer questão política externa à instituição que justifique a preterição do nome da vencedora na consulta e no colégio eleitoral. “Não se pode cogitar, naturalmente, que o processo de recusa de um nome de tal modo consensual naquela comunidade tenha sido guiado por idiossincrasias ou vinditas, que não podem ter lugar na administração pública num Estado Democrático de Direito”, diz a redação.

Leia na íntegra: Correio Braziliense