Congeladas há quase dez anos, bolsas de mestrado e doutorado precisam de 66% de reajuste para recompor poder aquisitivo de 2013

Mestrandos e doutorandos bolsistas recebem, via Capes ou CNPq, auxílio de R$ 1,5 mil e R$ 2,2, mil, respectivamente, afirma o Globo

Mesmo no auge da pandemia, a biomédica Danielle Rosa, de 24 anos, ia quase todo dia à Faculdade de Medicina da USP trabalhar na sua pesquisa de mestrado sobre o comportamento das células de defesa do corpo humano em uma infecção de Covid-19. O trajeto, a partir da casa onde mora com os pais, na periferia de Guarulhos, leva cerca de duas horas, tempo que impacta na qualidade de vida e no próprio trabalho. Mas com a bolsa da Capes que recebe, de R$ 1,5 mil, seria inviável morar num lugar mais próximo. Rosa quer o mesmo de grande parte dos 172 mil bolsistas de pós-graduação no país: reajuste no valor das bolsas, estagnado desde 2013.

— Nos enxergam como alunos, e não como profissionais, mas somos pessoas formadas, que nos dedicamos a isso — lamenta Rosa, que precisa pegar ônibus, trem e metrô até a USP.

Mestrandos e doutorandos bolsistas recebem, via Capes ou CNPq, auxílio de R$ 1,5 mil e R$ 2,2, mil, respectivamente. Considerando a inflação em nove anos, o reajuste deveria ser de 66%. Outras modalidades minoritárias, de pós-doutorado e professor visitante nacional sênior, têm bolsas de R$ 4,1 mil, e R$ 8,9 mil.

Leia na íntegra: O Globo