Representantes dos servidores criticam reajuste: ‘migalha por interesses eleitorais’

“Os servidores têm uma corrosão inflacionária que vai de 30% a 40%”, calcula Rudinei Marques, presidente do Fonacate

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), Rudinei Marques, criticou na noite de hoje a possibilidade de reajuste salarial de 5% para os servidores públicos. A decisão de conceder reajuste de 5% foi tomada durante a tarde pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Isso é completamente insatisfatório”, disse o presidente da Fonacate, que representa a elite do funcionalismo. “Os servidores têm uma corrosão inflacionária que vai de 30% a 40%.”

Segundo ele, as mobilizações de servidores “vão se intensificar até meados de maio, quando entendemos que a MP precisará ser encaminhada ao Congresso para ser convertida em lei”.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), Alison Souza, afirmou que a possibilidade de um reajuste salarial de 5% é “um tapa na cara” dos servidores públicos.

“A palavra que me vem à cabeça é ‘esmola’”, disse Souza. Segundo ele, além da defasagem de 30%, os 5% “serão consumidos” em menos de seis meses, por causa da inflação elevada. De acordo com ele, o funcionalismo foi tratado de maneira “desrespeitosa” desde o início deste governo, que agora estaria oferecendo uma “migalha” por “interesses eleitorais”. O presidente do Sindilegis lembrou de declarações dadas em 2020 pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de que a ausência de reajustes significava colocar “a granada no bolso do inimigo”.

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