Governo gasta verba de reajuste dos servidores com “necessidades urgentes”

Fim da reserva de R$ 1,7 bi impede até que o reajuste do tíquete-refeição ocorra este ano, destaca o Valor Econômico

Causadora de intenso debate e paralisações de funcionários em diversos órgãos do governo, a verba de R$ 1,7 bilhão que havia sido reservada para reajustes salariais no serviço público em 2022 já não existe mais, informou nesta semana o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago. A verba foi utilizada para atender a necessidades urgentes em vários outros ministérios, segundo apurou o Valor.

Com isso, a possibilidade de concessão de reajuste salarial, que estava em suspenso desde 2 de julho por causa da legislação eleitoral, foi ainda mais afastada. No atual cenário, não é possível conceder nem mesmo o aumento do valor do tíquete-refeição, uma das opções que chegou a ser estudada. A ideia contava com a simpatia de integrantes da área econômica por beneficiar os funcionários com menor salário.

Sindicatos dos servidores pretendem pressionar no Congresso Nacional para incluir recursos para reajustes salariais no Orçamento de 2023, que começa a ser discutido depois do dia 31 de agosto.

“Com esse governo, acabou a conversa”, afirmou o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques. Ele comentou que a atual administração demonstrou “descaso” com o funcionalismo, não só na questão salarial, mas também com uma “ingerência política como não se via há muito tempo no país.”

Leia na íntegra: Valor Econômico