Proifes-Federação denuncia desmonte da educação na abertura do 2° Encontro Nacional de Ciência e Tecnologia

Evento acontece nesta quinta e sexta-feira, dias 6 e 7, em Goiânia (GO)

Teve início na manhã desta quinta-feira, dia 6, o 2° Encontro Nacional de Ciência e Tecnologia do Proifes-Federação, na sede do Aduf-Sindicato, em Goiânia (GO). O evento tem como tema “Políticas de Ciência e Tecnologia para a reconstrução do Brasil”. O presidente da Apufsc-Sindical, Carlos Alberto Marques, participa do evento nesta sexta.

Abrindo os trabalhos, o coordenador do GT Ciência e Tecnologia do Proifes-Federação, Ênio Pontes, agradeceu pelo empenho da Federação na organização do encontro e à Adufg pela acolhida do evento. Na mesa de abertura do encontro, o presidente do Proifes-Federação, Wellington Duarte, destacou a importância da realização do evento neste momento em que o governo federal impôs mais um corte ao orçamento das universidades e institutos federais.

De acordo com Wellington, “um projeto de destruição da educação e da ciência e tecnologia está em curso no Brasil”. Os cortes nos orçamentos dessas áreas seriam a parte mais visível desse projeto. O professor destacou ainda os impactos negativos da falta de investimentos em ciência e tecnologia no Brasil, chamando a atenção para o caráter autoritário do projeto de poder em exercício no país e que pretende ganhar legitimidade nas urnas neste segundo turno da eleição presidencial.

Encontro do proifes realizado em Goiânia (Foto: Proifes/Divulgação)

“Nós estamos às portas de um regime fascista que vai tolher a liberdade do pensamento. Já está tolhendo pela perseguição, pela destruição de recursos orçamentários. Se você passa a ter uma maioria parlamentar, se você passa a ter um governo central que seja fascista, a gente já sabe qual o destino das universidades, ou a gente não sabe? Ou a gente acha que no segundo mandato deste governo as universidades não serão definitivamente aparelhadas e transformadas em caixa de ressonância desse pensamento conservador, autoritário, reacionário, retrógrado, anacrônico?”, alertou o dirigente.

Em mensagem de saudação aos presentes, a professora Luciene Dias, vice-presidenta do ADUFG-Sindicato, chamou a atenção para a existência de 33 milhões de brasileiros que passam fome no Brasil atualmente. Dias, convidou os presentes a pensarem sobre o lugar da Ciência e da Tecnologia na resposta ao drama social representado pela fome.

Concluindo as falas da mesa de abertura, o presidente do Adufg-Sindicato, o professor Geci Pereira da Silva, parabenizou o Proifes-Federação pela realização do evento e destacou a importância do debate neste momento em que, mais uma vez, a ciência e tecnologia se encontram sob ataques do governo, no que se refere ao financiamento.

Fonte: Proifes