Trindade, bairro da UFSC, é o segundo com maior número de focos do mosquito da dengue em Florianópolis

Na universidade, há uma Comissão Permanente de Combate à Dengue que, conforme informou à Apufsc, realiza atividades de educação ambiental, campanhas e ações para eliminar o mosquito dentro dos campi

Febre alta, erupções cutâneas e dores são os principais sintomas da dengue, doença que já soma 524 casos confirmados em Florianópolis neste ano. Diante deste cenário, no dia 20 de março, o município decretou estado de emergência. Entre os bairros com maior número de focos registrados do mosquito Aedes aegypti, Trindade, bairro da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ocupa a segunda posição, com 156.

Em Florianópolis, só neste ano, já foram notificados mais de 3 mil casos suspeitos de dengue. Destes, 524 foram confirmados, sendo 363 casos autóctones, ou seja, em que a doença foi contraída dentro do município. Entre os casos confirmados, seis foram na Trindade, de acordo com o painel de Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, e 65 não identificaram o bairro. A primeira morte por dengue deste ano, registrada em 10 de março, também foi de uma moradora da Trindade, de 34 anos.

O levantamento sobre focos do mosquito Aedes aegypti também acendem um alerta para o bairro. Segundo informações divulgadas pela iniciativa UFSC contra o Aedes, a Trindade é o segundo bairro de Florianópolis com maior número de focos registrados. Perde apenas para Canasvieiras, que registrou 194.

A situação preocupa a comunidade universitária, que, em grupos no Whatsapp, alerta sobre a importância de cuidados, como o uso de repelente para frequentar as aulas. Na UFSC, há uma Comissão Permanente de Combate à Dengue que, conforme informou à Apufsc, realiza atividades de educação ambiental, campanhas e ações para eliminar o mosquito dentro dos campi, como a realização de vistorias, relatórios, encaminhamento de resolutivas, recebimento de denuncias, entre outros.

Em 2017 e 2018, foram realizadas atividades da campanha UFSC contra o Aedes Aegypti no campus Florianópolis (Fotos: UFSC/Divulgação)

Como ocorre a transmissão

A transmissão da dengue acontece por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada. Além da dengue, o Aedes aegypti também é responsável pela transmissão da febre de chikungunya, da febre amarela e do zika vírus.

Febre alta (entre 39º a 40ºC), dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele estão entre os sintomas frequentes da dengue. A Prefeitura de Florianópolis orienta que febre acompanhada de outros dois sintomas dessa lista já corresponde a caso suspeito e o paciente deve procurar atendimento médico.

Como se prevenir

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Para isso, evite água parada em calhas, lajes, vasos de plantas, pneus, garrafas e outros recipientes que possam empossar água. No manual de orientação Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina há mais informações com imagens.

Denunciar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti também é uma ação importante. Em Florianópolis, as denúncias podem ser feitas por meio da Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde, nos telefones (48) 3239-1537 ou 3239-1569 ou online.

Outras alternativas são o uso de repelente e insecticida. Leia o rótulo do produto para se certificar se possui eficácia para o Aedes aegypti.

Lais Godinho
Imprensa Apufsc