Na UFSC Curitibanos, docentes enfrentam falta de estrutura para atividades práticas dos cursos

O campus tem cursos com alta demanda por práticas, mas falta clínica, centro de pesquisa e meio de transporte para as atividades, aponta diretor

Com os cursos de Agronomia, Ciências Rurais, Engenharia Florestal, Medicina e Medicina Veterinária, no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em Curitibanos, as atividades práticas fazem parte do cotidiano de aulas. Para que essas práticas aconteçam, os 82 docentes disputam o único micro-ônibus que o campus dispõe. Além disso, faltam instalações como uma clínica de grandes animais e um centro de pesquisa — este último, recentemente teve licitação feita. Na última terça-feira, dia 25, a ordem de serviço para a implantação do Centro de Pesquisas Ambientais e Agroveterinárias (CPAAV), do Centro de Ciências Rurais (CCR), em Curitibanos, foi assinada.

Projeto do CPAAV no campus de Curitibanos (Imagem: Dpae/UFSC)

O diretor do campus de Curitibanos, Juliano Gil Nunes Wendt, afirma que existe a necessidade, sobretudo, da ampliação da frota, com a aquisição de uma van de 15 lugares, um micro-ônibus de 32, e um ônibus de 40. O diretor também aponta a necessidade de renovação da frota de automóveis. “Curitibanos é um campus em que os cursos têm alta demanda por aulas práticas, e hoje nós só temos um micro-ônibus”, afirma.

Assim como nos outros campi, Curitibanos enfrenta problemas em relação ao espaço físico. A solução, aponta Wendt, é “o término e entrega da nova edificação que nós temos aqui, denominada CBS 02”. O prédio, que será de salas de aula e laboratórios, começou a ser construído em 2015 e deveria ter sido entregue em 2020, mas a obra ainda não foi concluída. A partir disso, o diretor acredita que será possível “amenizar boa parte dos problemas de estrutura que se relaciona ao espaço físico”.

O campus de Curitibanos também enfrenta falta de docentes e técnicos-administrativos, sem os quais não é possível a ampliação dos serviços oferecidos. A principal origem do problema, para o diretor, está em dois decretos, o Decreto 9.262/2018 e o Decreto 10.182/2019, que extinguiram cargos da administração pública. “Nós temos alguns colegas que se exoneraram e isso não tem reposição. Então é algo que realmente preocupa o campus”, alerta Wendt.

A falta de verba tem afetado o trabalho no campus, que não tem recursos para compra de equipamentos ou materiais, como vidraçarias e reagentes para os laboratórios. “No momento a gente não consegue executar tudo que a gente necessita”, lamenta o diretor.

::: Leia o que diz a Reitoria da UFSC sobre os problemas identificados nos campi

Lais Godinho
Imprensa Apufsc