Secretários ouviram pauta de reivindicações e reforçaram diálogo com entidades e movimentos sociais
Uma comissão do Ministério da Educação (MEC) recebeu, na última sexta-feira, dia 11, entidades estudantis que organizam a mobilização nacional “Estudantes nas ruas para construir a educação”. A União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), além de representantes de grêmios estudantis, diretórios acadêmicos e da Secretaria Nacional de Juventude do Partido dos Trabalhadores (PT) apresentaram demandas, entre elas, a revogação do Novo Ensino Médio, a recomposição do orçamento da educação e mais recursos para assistência estudantil.
Os estudantes foram recebidos pelo secretário executivo adjunto do MEC, Leonardo Barchini; o secretário de Articulação Intersetorial e com os Sistemas de Ensino, Maurício Holanda; o chefe de gabinete da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), Rodrigo Luppi; o assessor de gabinete da Secadi, Cleber Vieira; o coordenador-Geral de Políticas Educacionais para a Juventude, Yann Evanovick; e o coordenador-Geral de Equidade Educacional, Maurício Ernica.
Leonardo Barchini explicou que o contingenciamento no orçamento da educação faz parte de uma conjuntura imposta pela lei conhecida como “teto de gastos”. Também frisou que o compromisso do governo é de que, após o bloqueio, os recursos retornem ao orçamento do MEC. Sobre o Novo Ensino Médio, o secretário executivo adjunto destacou a consulta pública sobre o tema, que ouviu o conjunto de atores envolvidos na política pública, como estudantes, professores, diretores, redes de ensino, entre outros. As contribuições foram consolidadas em proposta encaminhada ao Congresso Nacional para apreciação.
Barchini parabenizou os jovens pelo Dia do Estudante e reforçou, ainda, o compromisso do Ministério com as entidades e movimentos sociais. “Estamos trabalhando para fazer as entregas da melhor maneira possível. Temos consciência do porquê estamos aqui e quem nos colocou aqui. E, em nome do Ministro da Educação, Camilo Santana, reafirmo que o MEC está de portas abertas para o diálogo”, declarou.
O secretário Maurício Holanda enfatizou a importância da participação dos jovens nas discussões sobre políticas públicas. “O Brasil só tem saída com a força da juventude”, acrescentou. Maurício Holanda também sugeriu a realização de oficinas para análise dos dados da pesquisa sobre o Ensino Médio e ações, em conjunto com as entidades estudantis, para ouvir ainda mais estudantes pelo país.
O assessor de gabinete da Secadi, Cleber Santos Vieira, enumerou ações do MEC desde o início do ano, como a recriação da Secadi, o retorno de espaços de diálogo para a juventude, para a educação escolar indígena e quilombola, entre outras. Também disse que a secretaria debate a recriação de outros programas, como a iniciativa de apoio aos cursinhos populares.
O coordenador-geral de Políticas Educacionais para a Juventude, Yann Evanovick, afirmou que o MEC trabalha em ações para fortalecer a permanência dos jovens no ensino médio. Destacou, ainda, o apoio do Ministério para a realização da 4ª Conferência Nacional de Juventude, em dezembro.
Fonte: MEC