Bancada Sindical manifesta indignação à falta de proposta do governo para reajuste dos servidores

Em nota, a Bancada sinaliza a convocação de uma plenária nacional dos servidores públicos para discutir o calendário de mobilização, com possibilidade de greve

Após a reunião desta terça-feira, dia 29, da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), a Bancada Sindical emitiu uma nota à imprensa, na qual afirma que “vê com indignação a falta de proposta de reajuste do governo e falta de prioridade para pautas não remuneratórias”.

A manifestação ocorreu depois de o governo federal apresentar na reunião o espaço reservado para o reajuste salarial dos servidores no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA 2024). De acordo com o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), o valor corresponderia a apenas 1% de correção salarial para o ano que vem.

Na nota, a Bancada sinaliza a convocação de uma plenária nacional dos servidores públicos para discutir o calendário de mobilização, com possibilidade de greve.

Leia a nota na íntegra:

A Bancada Sindical, representando os (as) trabalhadores (as) de diferentes setores do  serviço público federal, torna pública sua indignação frente à proposta apresentada pelo governo durante a 4ª Rodada da Mesa Nacional de Negociação. A proposta em questão não prevê índice de reajuste salarial em 2024, uma vez que o Ministério da Gestão e Inovação  informou que foi feita uma reserva no orçamento federal de 2024, de R$1,5 bilhão de reais, para  tratar de questões relativas aos(às) servidores(as) públicos federais. Assim, no conjunto dos gastos, se houver recomposição, esta será inferior a 1%!  

A Bancada ressalta que este valor é considerado insuficiente para suprir a demanda de  recomposição salarial necessária para cobrir as perdas inflacionárias enfrentadas pelo  funcionalismo público. Em um cenário em que os(as) servidores(as) públicos federais, durante a  última década, sofreram perdas salariais agudas, é imperativo que os reajustes recomponham  os salários, para que o serviço público seja atrativo para os(as) trabalhadores(as). 

Além disso, a Bancada expressa sua preocupação quanto à falta de prioridade dada às  pautas não remuneratórias e, em particular, a ausência de qualquer manifestação a respeito da  revogação do Decreto 10.620/2021. Essa legislação, que versa sobre a criação da unidade  gestora previdenciária, é uma questão que afeta diretamente os interesses dos  trabalhadores(as) e merece a devida atenção do governo. 

A Bancada Sindical reconhece a relevância da Mesa Permanente na manutenção do  diálogo entre os trabalhadores públicos e o governo, mas exige que as respostas do MGI às  propostas feitas na mesa sejam feitas de maneira mais objetiva. A valorização dos(as) servidores(as) públicos e a atenção às suas demandas são essenciais para um serviço público de  qualidade e uma sociedade mais justa. No entanto, os dirigentes sindicais compartilham sua indignação diante da proposta de reajuste e da desconsideração das pautas não remuneratórias.

Ao final da reunião, os representantes sindicais decidiram convocar uma plenária nacional dos servidores públicos para discutir um calendário de mobilização, inclusive com possibilidade de greve. 

Está na hora de irmos para as ruas pressionar, cobrar parlamentares e denunciar à  sociedade em geral. Se preciso for, iremos construir a greve geral do funcionalismo público federal e resgatar a dignidade. 

Na luta sempre, em defesa do trabalhador do serviço público! 

Imprensa Apufsc