Durante a reunião desta quinta-feira, tomaram posse seis representantes de docentes da ativa e aposentados
A Apufsc-Sindical realizou nesta quinta-feira, dia 23, a reunião do mês de novembro do Conselho de Representantes (CR). Durante o encontro, os conselheiros discutiram sobre a mobilização pelo reajuste salarial e as condições de infraestrutura e segurança da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Tomaram posse, também, seis representantes: três docentes da ativa e três aposentados.
Logo no início do CR, o presidente da Apufsc-Sindical, José Guadalupe Fletes, destacou as últimas ações dos servidores pelo reajuste salarial do funcionalismo, como a Jornada de Lutas realizada no início deste mês, e enfatizou a dificuldade de mobilização que a categoria docente enfrenta. Ele ainda informou que nesta sexta-feira, dia 24, participará da reunião de Diretoria do Proifes-Federação, que servirá tanto para avaliar a conjuntura atual, como para decidir os próximos passos. “Vamos pensar em estratégias de ação e como podemos intervir para ter nosso pleito atendido ser maior do que 1%”, reforçou.
Conforme os acenos do governo federal feitos na última Mesa de Negociação Permanente, os servidores federais devem receber apenas 1% de reajuste salarial em 2024. O percentual, no entanto, ainda não é considerado positivo e deverá ser discutido em novo encontro da Mesa até o dia 15 de dezembro, data próxima à votação do relatório da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024.
Com defasagem salarial de cerca de 39%, a professora representante do Departamento de Análises Clínicas Juliane Goulart compartilhou o sentimento de desânimo de alguns colegas. Segundo ela, docentes em início de carreira têm cogitado deixar a UFSC, pois o salário pago em prefeituras de interior e instituições privadas do entorno é maior. “Se não houver esse reajuste vai ficar cada vez menos atrativo para vir aqui [UFSC]”, pontuou.
Para a docente aposentada Edna Fiod, “reivindicar o reajuste do salário é reivindicar a manutenção do ensino público e a qualidade de vida docente”.
Neste sentido, os conselheiros concordaram haver uma dificuldade de estimular a categoria a participar de mobilizações, não só pelo reajuste, mas também por outros direitos como a aposentadoria.
Além de discutirem sobre a questão salarial, os conselheiros ainda falaram as condições de infraestrutura e segurança da UFSC e a sensação de abandono que o campus Trindade aparenta. Os relatos dos professores são de problemas de manutenção, iluminação e segurança, que afetam diretamente a imagem e permanência da comunidade acadêmica. O presidente da Apufsc ressaltou que os depoimentos dos conselheiros são semelhantes aos que ele ouviu durante as últimas reuniões do Conselho Universitário da UFSC, que também debateu o assunto.
Encaminhamentos
- Criação de um Grupo de Trabalho (GT) da Apufsc para identificar os problemas urgentes da universidade, tanto em relação à infraestrutura, quanto à atividade docente;
- Realização de um debate sobre a questão salarial para mobilizar principalmente novos docentes;
- Continuar participando das Mesas de Negociação com o governo federal por meio do Proifes-Federação.
Confira o nome dos representantes do CR empossados:
Departamento de Análises Clínicas
Titular: Juliane Araujo Greinert Goulart
Departamento de Física
Titular: Mauricio Girardi Schappo
Coordenadoria Especial de Oceanografia
Titular: Antônio Fernando Harter Fetter Filho
Representates dos aposentados
Titular: Nelson da Silva Aguiar
Titular: Edna Garcia Maciel Fiod
Titular: Paulo Marcos Borges Rizzo
Imprensa Apufsc