UFSC inaugura Jardim Cancellier nesta sexta-feira

Obra fica próxima ao CCJ e será inaugurada como parte da programação de aniversário da universidade

A Administração Central da UFSC e a direção do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) inauguram nesta sexta, dia 15, o Jardim Cancellier, um espaço próximo ao local onde Luiz Carlos Cancellier passou a maior parte de sua vida acadêmica. Além disso, a Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (Secarte) oferece, também em comemoração ao aniversário da UFSC, a entrega de duas restaurações de esculturas no campus de Florianópolis e, ainda, a inaguração do novo letreiro do Centro de Cultura e Eventos, que eceberá o nome de Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo.

Obra do Jardim Cancellier está em fase final (Foto: UFSC/Divulgação)

O Jardim Cancellier será aberto às 14h, com uma solenidade com a participação da comunidade unversitária. Em seguida, todos os participantes serão convidados à apresentação da restauração de duas obras de arte localizadas no campus. A primeira, nos jardins da Biblioteca Central, é a obra “O Guardião”, da artista catarinense Elke Hering. A segunda, localizada junto ao Laguinho da UFSC, é a “Dama das Águas”, do também artista catarinense Caio Borges. A restauração das duas obras foi viabilizada pela Secarte.

Sobre as obras

“O Guardião”, de Elke Hering, é uma escultura feita em 1988. Instalada na lateral da Biblioteca Universitária (BU) com a sua frente voltada para o poente de acordo com orientações da artista em razão das implicações misticas da sua obra. Durante a pesquisa a equipe averiguou que há a possibilidade da obra não ter sido concluída. É feita em concreto e possui dois metros de altura. A obra representa uma figura humana sentada com um grande quadrado vazado no centro, ligada à ideia de um plano transcendente, sobre-humano e traz no seu nome a referência de um ser superior em distintas tradições místicas.

Elke Hering nasceu em Blumenau em 1940 e faleceu em 1994. Foi escultora e artista plástica, além de ter trabalhado com desenho, pintura, gravura, objetos, joias, tapeçaria entre outras técnicas. Seu nome batiza um auditório na Biblioteca Central da UFSC.

“Dama das Águas”, guardiã do Laguinho da UFSC, é uma escultura vermelha de uma figura feminina. Foi produzida entre o fim dos anos 1980 e o início da década de 1990 por meio da técnica de concreto leve – uso de cimento-areia com poliestireno expandido (EPS) –, moldada em fôrma de gesso elaborada a partir de modelagem em argila. O trabalhou levou cerca de um mês para ser concluído, e fez parte de uma série de esculturas de figuras que simulavam formas de asas. “Meio anjo, meio mulher, insinuando uma certa sensualidade”, explicou o autor.

A doação para a UFSC ocorreu após uma conversa entre o então museólogo da universidade, Gelci José Coelho, o Peninha, e o artista. “A obra ficou bastante tempo no ateliê. Peninha viu a peça meio abandonada, uma peça grande, pesada, e fez a sugestão”, afirmou Borges. Posteriormente, o museólogo sugeriu o local para instalação da obra no campus. “Ela ainda não tinha nome, mas, com a escolha do lugar de destino, Peninha sugeriu ‘Dama das Águas’, que foi prontamente aceito.”

Natural da cidade de Içara, no Sul do estado, Borges nasceu em 1958 e iniciou sua carreira com a arte em cerâmica. Frequentou os cursos de escultura e cerâmica no ateliê-escola Maria Faro, no Rio de Janeiro. Atualmente, tem a pintura como foco. A arte figurativa, as formas arredondadas, a mulher e o uso de ferramentas não convencionais sempre estiveram presentes em suas obras, que somam mais de 5 mil trabalhos. A galeria de Borges está localizada no Centro Histórico de São José, na Grande Florianópolis.

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Fonte: Notícias UFSC