Professora do IFSC é vítima de fake news e sofre ataque de milícias virtuais

Fala de Elenira Vilela em vídeo foi manipulada e descontextualizada

Professora do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e membra da Coordenação Geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Elenira Vilela tem sido vítima de ataques nas redes sociais depois que uma fala em um programa no YouTube foi manipulada e descontextualizada.

Segundo nota publicada pela professora, um trecho do vídeo foi publicado com a legenda “A militante de esquerda Elenira Vilela sugere o assassinato de Michelle Bolsonaro”. Vilela esclarece que, “a frase completa dita por mim e recortada jamais sugeriu o assassinato de ninguém”. A fala da professora foi: “Ela [Michelle Bolsonaro] é uma carta-chave. E se a gente não arrumar um jeito de destruir ela politicamente e, quiçá, de outras formas, jurídica, por exemplo, comprovando os crimes e tornando ela também inelegível, nós vamos arrumar um problema pra cabeça”. A fala pode ser verificada aos 31 minutos do vídeo disponível aqui.

Elenira Vilela é professora do IFSC (Foto: Stefani Ceolla/Apufsc)

“Essa postagem falaciosa e manipulada foi compartilhada por autoridades públicas, como senadora, e outros parlamentares, incluindo a deputada que foi filmada empunhando uma arma, ameaçando a vida e perseguindo um homem negro no ano de 2022. Todas as postagens e ameaças estão sendo encaminhadas a advogados que representarão, na forma da lei, seus autores a responder por suas condutas ilegais e/ou criminosas”, escreveu a professora.

O Sinasefe também se manifestou sobre o assunto: “a análise política realizada por nossa companheira foi distorcida, com o intuito de desencadear múltiplas e sistemáticas mensagens de ódio e um linchamento virtual contra Elenira”.

“Sabemos que a produção de fake news, as perseguições e o escracho violento são métodos típicos da extrema-direita, que pretendem criminalizar e silenciar todos os que se levantam em defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora, principalmente quando se trata de uma mulher que ocupa espaços políticos, como é o caso de Elenira Vilela. A experiência histórica nos mostra que o livre e legítimo debate de ideias, o qual bem defendemos, não cabe na racionalidade fascista”, completa o Sinasefe.

O sindicato finaliza informando que “acionará todas as medidas jurídicas cabíveis para investigar e punir os responsáveis por essa ação e pelos seus desdobramentos”.

Imprensa Apufsc
Com informações do Sinasefe