UFSC tem proposta selecionada para Programa de Fomento à Equidade na Formação de Professores

Ao todo foram aprovadas 117 propostas das cinco regiões do país

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) teve um projeto selecionado para Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica (Parfor Equidade). O resultado preliminar foi publicado nesta terça-feira, dia 20, no Diário Oficial da União. Ao todo, o programa contempla 6 mil vagas, em 117 propostas selecionadas, que apresentam cursos voltados para grupos sub-representados.

O projeto apresentado pela UFSC trata sobre Educação Quilombola e teve 50 vagas concedidas. O Instituto Federal Catarinense (IFC) também teve duas propostas classificadas, uma sobre Educação Especial Inclusiva e outra sobre Educação Intercultural Indígena. Outros três projetos de instituições de ensino privadas do estado também foram contempladas.

O resultado dos cursos aprovados será divulgado em 15 de março, isso porque projetos não selecionados ainda podem recorrer. A seleção e matrícula dos alunos pelas instituições de ensino superior devem ter início no dia 18 de março. A inclusão de cursos novos no e-MEC irá até 31 de julho, e o começo dos cursos, até 31 de agosto.

Desde o anúncio da edição, a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) triplicou o número de pessoas a serem atendidas, devido o número de propostas inscritas, inicialmente seriam duas mil. O investimento previsto do Parfor é de R$ 371 milhões ao longo de cinco anos.

Sobre o programa

O Parfor Equidade é uma ação da Capes em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (Secadi/MEC). Podem oferecer os cursos as instituições de ensino superior federais ou comunitárias com Índice Geral de Cursos igual ou superior a 3 e as estaduais e municipais como autorização para funcionamento. Todas devem ter experiência na área.

O objetivo do Parfor Equidade é formar professores em licenciaturas específicas e pedagogos para atendimento das redes públicas e comunitárias que têm educação escolar indígena, quilombola e do campo, educação especial inclusiva e educação bilíngue de surdos. As formações ofertadas serão Pedagogia Intercultural Indígena, Licenciatura Intercultural Indígena, Licenciatura em Educação do Campo, Licenciatura em Educação Escolar Quilombola, Licenciatura em Educação Especial Inclusiva e Licenciatura em Educação Bilíngue de Surdos.

Além de preparar educadores em exercício, o Parfor Equidade vai ampliar o número de profissionais que trabalham com esse grupo. Pelo menos 50% das vagas serão destinadas a professores da rede pública que já ensinam na área do curso sem ter a formação adequada, com preferência para indígenas, quilombolas, negros ou pardos, pertencentes a populações do campo, pessoas surdas e público-alvo da educação especial. Para os demais, haverá processo seletivo feito pelas instituições de ensino superior, com destinação de cotas conforme legislação vigente e baseada em dados de cor/raça de cada estado.

O Parfor Equidade também investirá na execução de projetos pedagógicos com forma diferenciada de tempo, espaço e organização dos conhecimentos. O Programa tem a função de aproximar a educação superior e básica, de modo a que comunidades e escolas possam ser espaços de formação e pesquisa. Outro aspecto inovador é que mestres tradicionais de saberes reconhecidos nessas comunidades poderão ser formadores em atividades e disciplinas específicas.

Imprensa Apufsc
Com informações da Capes