Recomposição do orçamento das universidades prometido pelo MEC corresponde a apenas 10% do valor reivindicado pela Andifes

O reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, ainda não tem informação sobre a quantia que será suplementada à instituição, e ressalta que são necessários R$ 2,5 bilhões para recomposição do orçamento discricionário de todas as universidades federais

Em reunião na última quarta-feira, dia 6, o Ministério da Educação sinalizou a recomposição do orçamento das universidades federais. A notícia animou gestores. No entanto, o valor prometido pelo ministro Camilo Santana, de R$ 250 milhões, corresponde a apenas 10% do que é reivindicado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). A entidade defende para este ano um valor adicional de R$ 2,5 bilhões para recompor o orçamento e elevar o montante para R$ 8,5 bilhões, a fim de aproximar a verba orçamentária daquela aplicada em 2017, corrigida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período.

Reunião entre MEC e Andifes
na última quarta-feira
(Foto: Andifes/Divulgação)

Por meio da assessoria de imprensa, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, afirmou que ainda não existe informação a respeito do valor que será suplementado ao orçamento da instituição. Ele ressaltou que “a Andifes deve continuar as negociações e articulações para a recomposição dos orçamentos das instituições federais de ensino superior”.

Ainda de acordo com a assessoria, mesmo que o orçamento da UFSC chegue aos valores do ano passado, ainda será insuficiente, pois em 2023 a universidade fechou o ano com um déficit de R$ 7 milhões, deixando de pagar contas de luz, por exemplo. Reportagem publicada pela Apufsc-Sindical em fevereiro mostrou que, sem recomposição orçamentária, a UFSC projeta um déficit de R$ 35 milhões em 2024.

Após a reunião com o ministro da quarta-feira, a presidente da Andifes, reitora Márcia Abrahão Moura (UnB), disse que “o ministro se comprometeu imediatamente a retomar os valores que estavam no Projeto de Lei Orçamentária de 2023, que ainda estão muito longe dos valores necessários para as nossas universidades”. Ela acrescentou, no entanto, que considera “importante o início de retomada do orçamento. Vamos juntos continuar trabalhando para que seja suficiente para as necessidades das universidades federais”, afirmou.

Imprensa Apufsc
Com informações da Andifes