Andifes se reuniu com Secretaria de Educação Superior do MEC para cobrar solução
O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), reitor José Daniel Diniz Melo, participou de audiência com o secretário de Educação Superior do MEC, Marcus David, nesta quarta-feira, dia 7, para discutir assuntos de interesse das universidades federais e expor a preocupante situação orçamentária.

De acordo com o presidente da entidade, a situação foi agravada pelas informações contidas em mensagem de 5 de maio dirigida às universidades, que trata de limites de movimentação e empenho e estabelece o estorno dos valores disponíveis de limite orçamentário.
Além disso, não houve liberação do orçamento do exercício de 2025, com a manutenção correspondente a 5/18 avos do valor constante na Lei Orçamentária Anual de 2025 até o mês de maio.
Marcus David informou que o Ministério da Educação está buscando na área econômica do governo federal uma solução para a situação, que tem afetado todo o MEC.
O presidente da Andifes explicou que as universidades federais não conseguem fechar as contas já neste mês de maio, e solicitou que uma solução possa ser encontrada com celeridade.
Orçamento da UFSC menor que o esperado
Conforme o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, o orçamento aprovado pelo Congresso Nacional é insuficiente para cobrir as despesas básicas de custeio, que incluem energia elétrica, segurança, manutenção, bolsas estudantis e o Restaurante Universitário (RU), reforça o dirigente.
O montante destinado representa um corte de R$ 8 milhões em relação à estimativa inicial de R$ 170 milhões, que já era considerada insuficiente. Além disso, os recursos de capital, destinados a investimentos em infraestrutura e equipamentos, foram reduzidos para R$ 6 milhões.
Essa situação reflete uma década de cortes no orçamento das universidades federais, que acumulam uma redução de 50% nos últimos 10 anos, impactando desde a infraestrutura dos campi até as condições de permanência estudantil.
O reitor destacou que, no ano passado, a UFSC acumulou uma dívida de R$ 17 milhões, como em contas de energia elétrica e água. Para quitá-las, foi necessário utilizar parte do orçamento de 2025, o que agrava ainda mais a situação financeira. Caso o governo federal não libere uma suplementação orçamentária, a instituição poderá enfrentar dificuldades para pagar fornecedores, manter bolsas estudantis e o RU, além de arcar com contas básicas.
Imprensa Apufsc
Com informações da Andifes