Daniel Cara, da Faculdade de Educação da USP defende que prêmio do MEC deve ser aliado de outras políticas públicas
Em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato, o professor Daniel Cara, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), destacou que a educação pública brasileira opera com cerca de metade do investimento previsto no Plano Nacional de Educação (PNE). O plano determina que o país destine 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área, mas atualmente o investimento gira em torno de 5%.
“A educação brasileira está funcionando com a metade do que ela deveria funcionar. Todas as metas do plano – alfabetização, recuperação salarial, redução das desigualdades – seriam cumpridas se nós tivéssemos o investimento necessário para garantir uma educação pública de qualidade”, defende.
O docente também comentou o Prêmio Nacional da Educação, criado por decreto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início da semana passada, que reconhece os esforços coletivos das redes públicas municipais e estaduais para melhorar a qualidade educacional. “Eu não sou contrário aos prêmios. Eles têm um objetivo estratégico de estimular as redes públicas municipais e estaduais”, avalia Cara, ressaltando, porém, que o prêmio precisa ser acompanhado de ações estruturais.
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