Texto que prevê proibição da progressão continuada nas escolas foi aprovado na Comissão de Educação da Câmara sob críticas de especialistas
Representantes do Ministério da Educação (MEC) articulam, com apoio da base governista na Câmara, mudanças no projeto de lei que proíbe a progressão continuada nas escolas brasileiras. A proposta foi aprovada na Comissão de Educação na última quarta-feira, dia 9, sob críticas de especialistas e entidades do setor.
A progressão continuada, chamada por críticos de “aprovação automática”, é uma estratégia adotada no ensino fundamental para evitar que alunos repitam de ano consecutivamente e, com isso, acabem abandonando os estudos. Segundo a organização Todos Pela Educação, ela consiste em permitir que os estudantes desenvolvam habilidades e competências ao longo de um ciclo mais longo do que um ano ou série.
Nesses casos, alunos com dificuldades de aprendizagem devem receber reforço escolar durante o ciclo, que costuma ter duração de três anos.
O projeto que tramita na Câmara, de autoria do deputado Bibo Nunes (PL-RS) e relatado por Nikolas Ferreira (PL-MG), propõe a exclusão da possibilidade de organização em ciclos e da progressão continuada da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). O texto ainda precisa passar pelo plenário da Casa.
Fonte: O Globo
