Após 50 anos, a Apufsc merece, enfim, uma sede definitiva no campus!

*Por Gelson Luiz de Albuquerque

Sou filiado à Apufsc há 33 anos. Quando cheguei, ela já tinha uma história linda, construída com lutas e conquistas que moldaram a vida acadêmica e sindical da nossa universidade. Participei de assembleias cheias e vibrantes, de outras mais tímidas, mas sempre segui as decisões coletivas. Estive à frente em algumas batalhas e, em outras, contribuí como pude. Sempre com a certeza de que a Apufsc me representa e que vale a pena defendê-la.

Agora, vivemos um momento decisivo. O projeto de reurbanização do Setor 9 prevê a demolição da sede atual, que ocupa apenas 1,8% da área total afetada — algo insignificante para o urbanismo do campus, mas de valor imenso para nossa memória. O prédio da Apufsc não é apenas concreto e tijolo: é um símbolo vivo das lutas e histórias da nossa categoria. Em outros países, seria preservado como patrimônio. Aqui, corre o risco de desaparecer sem cerimônia.

Defendo que esse despejo seja a oportunidade de concretizar um sonho antigo: construir nossa sede definitiva. Um espaço vivo e plural, que vá muito além da burocracia sindical. Imagine um auditório para apresentações culturais no horário de almoço, exposições de arte produzidas por nossos colegas, saraus literários sob árvores frondosas, lançamentos de livros e exibições de filmes. Salas multiuso para cursos e oficinas, biblioteca com acervo exclusivo, centro de memória para registrar e perpetuar nossas lutas, espaços de promoção de saúde, academia para todas as idades, área de fisioterapia e até um restaurante para confraternizar e, quem sabe, usar nosso auxílio-alimentação. São apenas ideias que debateremos quando formos aprovar o plano de necessidades prévio ao projeto da edificação, para após encaminhar aos trâmites institucionais.

Em maio de 2025, a maioria dos associados já sinalizou: queremos sair do local atual para um espaço definitivo dentro do campus. A reitoria apresentou duas opções:

  1. Área onde está o CEI “Flor do Campus”;
  2. Terreno na área dos blocos modulares, a ser definido após demolição

Rejeito a segunda opção. Não podemos ficar à mercê de um projeto incerto, que pode levar
anos para sair do papel. Precisamos agir agora. Por isso, apoio integralmente que nossa sede
definitiva seja no Flor do Campus. Eis por quê:

  • Está desocupado, abandonado;
  • Fica a apenas 240 metros da sede atual;
  • Tem área suficiente para suprir nossas necessidades;
  • Está disponível para reforma ou construção imediata;
  • Permite edificação de vários andares;
  • É cercada por um bosque natural, ideal para uma sede sustentável;
  • Conta com espaço para eventos externos, estacionamento e acesso facilitado;
  • Não apresenta córregos ou assemelhados, que limitem a edificação;
  • Está em ponto alto, sem risco de alagamento, com redes de água, energia e esgoto
  • prontas.

O Flor do Campus é, hoje, uma flor abandonada no coração da UFSC. Com cuidado e visão, pode florescer como a casa definitiva dos docentes, um espaço para trabalho, cultura, convivência e memória.

Convido cada colega a visitar o local e imaginar o que podemos construir juntos. Já são 33 anos ouvindo falar dessa sede definitiva. Aos 64, peço pressa, assim como tantas outras pessoas associadas. Quero ver, viver e usufruir desse espaço.

Participe na Consulta on-line, no site ou aplicativo Apufsc, de 12 a 14/08/202 (8h59min), na primeira proposta “No terreno da área denominada Flor do Campus (vizinho ao NDI)”.

Votemos pela Flor do Campus! Pela história, pelo presente e pelo futuro da Apufsc.

*Gelson Luiz de Albuquerque é professor titular aposentado do Departamento de Enfermagem da UFSC/CCS

Artigo recebido às 13h49 do dia 12 de agosto de 2025 e publicado às 14h24 do dia 12 de agosto de 2025