Instituto Humaniza SC discute papel dos EUA na expansão do neoliberalismo no Brasil

Jahde Lopez e Luan Brum apresentaram e debateram resultados de suas pesquisas

Nesta quinta-feira, dia 4, o Instituto Humaniza SC e a Apufsc-Sindical promoveram uma discussão sobre a influência dos Estados Unidos no avanço do neoliberalismo no Brasil. Os pesquisadores Jahde Lopez e Luan Brum, doutorandos no Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGRI/UFSC) estiveram presentes para apresentar suas pesquisas sobre o financiamento de grupos neoliberais brasileiros por parte de institutos estadunidenses e compor a conversa. O evento fez parte de um ciclo de debates que pretende discutir produções audiovisuais, o neoliberalismo e os direitos humanos.

Jahde Lopez e Luan Brum esclarecem dúvidas dos presentes (Foto: Laura Miranda/Apufsc)

A diretora de Promoções Sociais Culturais e Científicas da Apufsc, Gláucia Costa Dias abriu o debate e fez a mediação da mesa. Ela declarou que o atual momento histórico do país é apropriado para discussões acerca do tema, justificando que “o neoliberalismo tá usando e se apropriando da pauta dos direitos humanos.” Karine Simoni,vice-presidente do sindicato, Adriano Duarte, ex vice-presidente, e Ideli Salvatti, diretora do Humaniza SC, também estiveram presentes.

O debate teve como ponto de partida a transmissão da entrevista concedida por Jahde e Luan para uma série produzida pelo jornalista Bob Fernades. O programa tem como foco as ações dos Estados Unidos para influenciar a política brasileira a favor de benefícios próprios. Camila Feix Vidal, professora do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFSC e orientadora dos doutorandos também participou de um dos episódios.

Entrevista com o jornalista Bob Fernandes foi apresentada antes da discussão (Foto: Laura Miranda/Apufsc)

Durante a discussão, os pesquisadores esclareceram dúvidas dos participantes sobre o estudo, que chegou ao resultado de cerca de 15 institutos brasileiros ligados a grupos internacionais responsáveis por financiar figuras neoliberais de influência no cenário político brasileiro. Eles chegaram a mapear 781 indivíduos no Brasil, e afirmaram que um dos objetivos é ampliar a pesquisa para toda a América Latina.

“O neoliberalismo é formado por grupos de diferentes vertentes, mas quando buscam o poder eles se articulam”, disse Luan, falando sobre os investimentos de empresas estadunidenses no impulsionamento de ideais neoliberais na educação e política brasileiras. Os doutorandos ainda falaram sobre essas estratégias como táticas para manutenção do poder dos EUA sobre as nações.

Imprensa Apufsc