Mais da metade dos estudantes do país não acredita que a escola se preocupa com seu bem-estar

Pesquisa sobre a saúde mental nas escolas do Brasil revela entre outros problemas, bullying naturalizado e professores esgotados, destaca a Folha

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, dia 17, traçando um panorama dos desafios de saúde mental na educação básica brasileira, apontou que mais da metade dos estudantes (57%) não acredita que a escola ou os professores se preocupem com seu bem-estar. Apenas 22% disseram se sentir plenamente reconhecidos e acolhidos. Essa percepção se agrava com o decorrer dos anos, justamente num momento de maior vulnerabilidade emocional, quando o aluno, na adolescência, se aproxima do ensino médio.

O levantamento aponta como o ambiente escolar tem deixado de representar um espaço de proteção e pertencimento para ser atrelado, por estudantes e educadores, aos sentimentos de cansaço, ansiedade, isolamento e sobrecarga emocional. O estudo também descreve um cenário de normalização do bullying e de outras violências.

O Instituto Educbank de Educação e Cultura, em parceria com o Great Place to Study (GPTS), coletou 18 mil respostas de estudantes (56,1%), parentes de alunos (32,2%) e professores (11,6%) de quase 200 escolas em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal, principalmente nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Brasília e Porto Alegre, entre novembro passado e maio deste ano. Segundo João Hoppner, CEO do Great Place to Study, os resultados pouco variaram entre grandes e pequenos centros urbanos, o que indica um cenário sistêmico de desafios.

Leia na íntegra: Folha