CUn aprova calendário de 2026: primeiro semestre da UFSC começa em 9 de março

Documento também traz as datas dos principais eventos de ensino da universidade

O Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (CUn/UFSC) aprovou, em reunião ordinária nesta terça-feira, dia 28, o calendário acadêmico de 2026 para os cursos semestrais de graduação e o trimestral de Engenharia de Materiais. O documento apresenta as principais datas e prazos das atividades administrativas e de ensino da universidade.

Em 2026, o primeiro semestre letivo (2026.1) da graduação começa em 9 de março e termina em 15 de julho. O segundo semestre (2026.2) vai de 10 de agosto a 12 de dezembro.

Serão 101 dias letivos nos campi de Araranguá, Curitibanos, Florianópolis e Joinville, e 102 dias em Blumenau. No segundo semestre, serão 100 dias letivos em Blumenau e Curitibanos, e 101 dias em Araranguá, Florianópolis e Joinville.

Matrículas
2026.1: primeira etapa em 3 de fevereiro; segunda etapa de 4 a 9 de fevereiro; ajustes on-line entre 19 e 20 de fevereiro; e ajustes excepcionais de 9 a 13 de março.
2026.2: primeira etapa em 23 de julho; segunda etapa de 23 a 27 de julho; ajustes on-line entre 31 de julho e 3 de agosto; e ajustes excepcionais de 10 a 14 de agosto.

Eventos na UFSC
Edital de vagas remanescentes:
26 de maio
Feira de Cursos: 16 e 17 de junho
6ª Plenária das Licenciaturas da UFSC: 23 e 24 de setembro
23ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepex): 19 a 23 de outubro
Vestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC: 5 e 6 de dezembro

Curso trimestral de Engenharia de Materiais
1º trimestre:
matrículas entre 19 e 20 de janeiro, com aulas de 2 de fevereiro a 8 de maio.
2º trimestre: matrículas entre 11 e 12 de maio, com aulas de 26 de maio a 28 de agosto.
3º trimestre: matrículas entre 31 de agosto e 1º de setembro, com aulas de 15 de setembro a 18 de dezembro.

A versão final do calendário acadêmico está disponível aqui.

Professoras homenageadas

Também nesta terça-feira, dia 28, o CUn apreciou a concessão de títulos a duas docentes, em uma sessão especial. Aprovado por ampla maioria, Dora Lúcia de Lima Bertúlio recebeu o título de Doutora Honoris Causa in memoriam, e Luzinete Simões Minella, o de Professora Emérita.

Foto: Marcos Solivan/UFPR

Dora Lúcia de Lima Bertúlio formou-se em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e concluiu o mestrado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Durante boa parte da vida, esteve à frente da Procuradoria Federal da UFPR. Atuou também na Fundação Cultural Palmares e integrou a Comissão de Juristas para o Combate ao Racismo no Brasil, na Câmara dos Deputados. De acordo com a UFPR, a jurista foi uma das protagonistas da implementação da política de cotas raciais e sociais na instituição. Dora Bertúlio faleceu em 2025, aos 76 anos.

Segundo a conselheira Karine de Souza Silva, a dissertação de Dora sobre Direito e Relações Raciais, defendida na UFSC, inaugurou esse campo de estudos na década de 1980. “O pensamento da Dra. Dora tem sido estudado em todas as universidades do país”, destacou, defendendo que o título não enaltece apenas a jurista, mas também a UFSC.

Foto: Arquivo pessoal

A professora Luzinete Simões Minella é graduada e mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde atuou como docente até 1991. Após essa data, transferiu-se para a UFSC, onde lecionou até a aposentadoria. Na instituição, foi professora voluntária do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH), coordenando a área de estudos de gênero, que se consolidou como estruturante do Programa e referência nacional e internacional. Além disso, integra a equipe do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) e é membro da Rede Brasileira de Ciência, Tecnologia e Gênero.

O título de Doutora Honoris Causa concedido a Dora Lúcia de Lima Bertúlio foi aprovado com 55 votos favoráveis e um contrário; já o de Professora Emérita, a Luzinete Simões Minella, com 57 favoráveis e dois contrários. Em nome da Cátedra Antonieta de Barros, uma das requerentes dos processos, a vice-reitora Joana Célia dos Passos agradeceu as honrarias aprovadas. “Não é qualquer coisa aprovar, no Dia da Servidora e do Servidor Público, títulos para quem foi servidora. Não é pouca coisa”, destacou.

Política de Segurança Institucional

O CUn aprovou ainda, com apenas um voto contrário, a Política de Segurança Institucional (PSI). Segundo o relatório da conselheira Gabriela Furtado Carvalho, a resolução não se limita à vigilância, mas propõe ações integradas e colaborativas que envolvem diferentes segmentos da comunidade acadêmica e externa.

A minuta da PSI foi submetida à consulta pública em agosto deste ano e recebeu oito contribuições. O documento também foi apresentado durante uma audiência pública realizada em 17 de outubro. Na ocasião, secretário de Segurança Institucional (SSI), Leandro Oliveira, explicou que a política funcionará como um “guarda-chuva normativo” para regimentos, manuais e protocolos, respeitando as especificidades de cada campus.

De acordo com a relatora do processo, os instrumentos de governança e integração institucional previstos na minuta configuram o núcleo operacional da PSI:

  • criação do Comitê de Segurança Institucional (CoSI), instância de governança participativa com competências consultiva e deliberativa, composta por representantes da administração central, das unidades acadêmicas, das entidades sindicais e do corpo discente (Art. 14);
  • instituição do Fórum de Segurança da UFSC, instância consultiva destinada a promover o diálogo permanente entre a Universidade, os órgãos de segurança pública, a sociedade civil organizada, os movimentos sociais, as comunidades do entorno e a própria comunidade acadêmica (Art. 15);
  • previsão de princípios orientadores que reafirmam a centralidade dos direitos humanos, da ética, da equidade, da diversidade e da inclusão como fundamentos da atuação em segurança institucional (Art. 4º);
  • vedação ao porte de armas de fogo nas dependências universitárias, ressalvadas as hipóteses legais específicas (Art. 8º, § 2º), o que reafirma o compromisso com a não militarização do ambiente universitário.

Oliveira participou da sessão e destacou que, nacionalmente, há um esforço pela retomada do concurso público para a função de segurança — cargo extinto em 1998. Ele ressaltou que é importante tratar a segurança nas universidades como uma atividade de segurança pública, inclusive para possibilitar o acesso a recursos de ministérios do governo.

Karol Bernardi
Imprensa Apufsc