Normas sobre as próximas eleições da universidade devem ser discutidas em sessão do CUn no dia 25 de novembro
Após o envio de ofício da Diretoria da Apufsc-Sindical ao reitor Irineu Manoel de Souza solicitando informações sobre as próximas eleições para a Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), uma reunião foi realizada na manhã desta segunda-feira, dia 10, para discutir a questão.
Foram convidados pelo reitor para o encontro, além da Apufsc, o Sintufsc, o DCE e a APG, entidades que, historicamente, compõem a Comissão Eleitoral Representativa das Entidades da Universidade Federal de Santa Catarina (Comeleufsc), que realiza a consulta pública informal à comunidade acadêmica sobre as eleições.

O reitor iniciou o encontro agradecendo ao presidente da Apufsc, Bebeto Marques, por ter sugerido a reunião com as entidades. Irineu explicou que o processo que define as normas das eleições à Reitoria foi enviado ao Conselho Universitário (CUn), e deve entrar em pauta na sessão do dia 25 de novembro. A relatora é Heloisa Teles, do Departamento de Serviço Social. Já o prazo previsto para a constituição da comissão que realiza a consulta pública informal é 2 de dezembro. “O CUn define os parâmetros e a comissão define o processo da consulta pública”, resumiu o reitor.
De acordo com Irineu, o processo enviado ao CUn prevê o mesmo procedimento das eleições passadas: constituição da Comeleufsc, realização da consulta informal prévia, cujo resultado é encaminhado ao CUn. É o Conselho que elege a lista tríplice, posteriormente enviada ao Ministério da Educação (MEC), que nomeia o novo reitor ou reitora. A previsão, segundo o reitor, é que o primeiro turno da consulta pública informal ocorra no final de março e o segundo turno no início de abril de 2026. Em 4 de julho termina o mandato de Irineu.
Na reunião, Bebeto Marques reafirmou a posição da Diretoria da Apufsc a favor do voto paritário entre docentes, técnicos-administrativos (TAEs) e estudantes, mas lembrou que vários filiados e filiadas têm defendido posição diferente, como o voto universal e o voto 70/30.
“Muitos alegam que o sistema praticado historicamente nos conduziu a um vício eleitoral e de poder, que favorece sempre a força corporativa de quem atua e pode emperrar depois a gestão administrativa da UFSC. Essa pressão contrária ao voto paritário inclusive cresceu muito nos últimos dias depois da circulação de uma fotografia da Diretoria do sindicato dos TAEs celebrando o início da semana com o reitor, considerado por muitos como parte da campanha eleitoral antecipada”, explicou Bebeto.
Por isso, a Apufsc enviou à Reitoria o ofício solicitando informações sobre o processo eleitoral, visando assegurar a regulação do mesmo. “Quanto mais rápido a gente organizar o processo, melhor. Isso dá transparência e credibilidade ao processo”, disse Bebeto.

O presidente do sindicato que representa a categoria docente destacou ainda que, em sua opinião, o voto paritário equaciona os diferentes modos de olhar para a instituição, argumento com o qual os representantes do Sintufsc concordaram, apontando ainda a satisfação com “a posição clara da Diretoria da Apufsc em defesa” desse modelo.
Na eleição passada, a Comeleufsc foi instituída em 23 de novembro de 2021. O primeiro turno da consulta informal à comunidade universitária ocorreu em 22 de março de 2022, e o segundo turno em 26 de abril, dando vitória ao professor Irineu e à vice Joana Célia dos Passos. No dia 2 de maio daquele ano, aconteceu a eleição da lista tríplice para reitor pelo Conselho Universitário (CUn). A publicação da nomeação no Diário Oficial da União (DOU) se deu em 5 de julho de 2022.
Imprensa Apufsc
