Negros, indígenas e ex-alunos de escolas públicas continuam sendo os maiores beneficiados da política de reserva de vagas nas instituições de ensino superior, destaca o Globo
A consolidação das cotas para pessoas negras, indígenas, de baixa renda e de escolas públicas nas universidades brasileiras tem gerado uma diversificação dos públicos atendidos nas reservas de vagas. Grupos como ciganos, população do campo, refugiados, presos e filhos de policiais mortos em serviço passaram a ser beneficiados nos últimos anos com regras criadas pelas próprias instituições de ensino em diferentes contextos locais. O caso mais relevante é o de pessoas transgênero, cujo número de vagas dobrou de 2024 para 2025.
Juntas, a quantidade total de vagas para cotistas somou 140 mil na última edição do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), momento em que os alunos usam a nota do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) para concorrerem às vagas nas universidades. Já a da ampla concorrência passa de 120 mil.
Apenas no Sisu de 2025, foram 857 vagas destinadas a travestis, transexuais e pessoas não-binárias — o maior número já registrado desde 2019, quando foram criadas as primeiras reservas para pessoas trans no sistema de seleção. A maior parte dessas vagas, no entanto, também exige do candidato um limite de renda e/ou ter estudado em escola pública. Nove universidades, como a Federal Fluminense (UFF), a Federal de São Paulo (Unifesp) e a Estadual da Bahia (Uneb), adotaram essa medida no último ano.
Leia na íntegra: O Globo
