Governo não detalha nova gratificação

A reunião de negociação com o MEC e o Ministério do Planejamento (MPOG) realizada na última terça-feira, dia 23, não apresentou avanços. O encontro começou com duas horas de atraso, causado pelos representantes do governo, e contou o secretário de Recursos Humanos do MPOG, Duvanier Paiva Ferreira, somente no início da reunião. 

O governo informou que apresentará uma proposta aos professores de 1º e 2º graus na reunião marcada para 7 de novembro. Disse ainda que o processo de negociação não se esgotava no dia 23 de outubro e apresentou esboços de duas tabelas salariais. 

A secretária adjunta de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Marilene Ferraz, retomou a palavra e disse que haviam refletido, depois da última reunião, que a negociação não se esgotava naquele momento, mas que o dia 23 de outubro era uma data referência devendo o processo continuar e que tinham feito alguns ajustes na proposta. Trazia, portanto, algo mais concreto. Mantinha a GED, como ela é hoje, com algumas modificações no sentido de aproximação entre ativos e aposentados, mas considerando muito difícil a paridade e que a parte de avaliação por desempenho seria regulamentada posteriormente.  

Foram então distribuídos esboços de duas tabelas, uma com os novos valores para a GED em que consta, para os aposentados, a alteração de 115 para 123 pontos e a outra, com valores novos para o vencimento básico e a remuneração total para os professores do ensino superior a ser alcançado em 2010. Foram feitos muitos pedidos de esclarecimento, mas, como as tabelas estavam incompletas, as explicações foram insuficientes e pouco esclarecedoras. 

Nesse ponto, os representantes do Andes-SN voltaram a argumentar que não é possível tratar das questões salariais dos docentes do ensino superior sem conhecer a proposta para os professores da carreira de 1º e de 2º grau. Portanto, só poderiam voltar a debater o assunto a partir do dia 7/11, após terem conhecimento do que o governo apresentará para o 1º e o 2º grau. Após um debate acirrado, ficou marcada uma nova data, dia 8 de novembro, às 14h30, para continuar as negociações sobre a proposta apresentada.

No final da reunião, quando alguns participantes da mesa já haviam se retirado, os representantes do governo colocaram que as datas programadas para implementar as propostas seriam: março de 2008, julho de 2009 e julho e novembro de 2010.