Campanha quer impedir mina de fosfato em Anitápolis

A Associação Montanha Viva (www.montanhaviva.org.br) alerta sobre a implantação do projeto de exploração de uma mina de fosfato em Anitápolis, na Grande Florianópolis, e suas consequências para o meio ambiente e para a população da região. 

As multinacionais Bunge (EUA) e Yara (Noruega) são responsáveis pelo projeto que pretende produzir 240 mil  toneladas de fosfato e de 240 mil litros de ácido sulfúrico por ano. 

O local, com 1.800 hectares, é situado em uma Área de Preservação Permanente (APP), às margens do Rio Pinheiro, que faz parte da bacia hidrográfica do  Rio Braço do Norte, depois Rio Tubarão. “Para depositar o material de sobra, tanto proveniente da própria mineração quanto do beneficiamento de minério, está prevista a construção de duas barragens de rejeitos, com 80 m de altura. Estas barragens vão interromper o fluxo natural do Rio Pinheiro”, relata a Associação Montanha Viva.

A ONG destaca ainda que “a técnica utilizada para a extração do fosfato será a céu aberto”, o que significa primeiro “desmatar, depois retirar toda terra superficial até chegar ao minério, e em seguida cavar, deixando áreas gigantescas devastadas, à mercê da erosão”. 

Outro grave problema é a construção das duas barragens de rejeitos. Anitápolis é um município sujeito a enxurradas e o Rio Pinheiro é considerado muito caudaloso em ocasiões de chuvas fortes, relata a Montanha Viva. O rompimento de uma barragem pode destruir toda a região. 

Outras consequências da exploração do fosfato serão a destruição de cerca de 10 mil hectares de floresta Atlântica ombrofila densad+ poluição atmosférica da regiãod+ poluição da bacia do Rio Braço do Norte. 

A Montanha Viva se articular em busca de apoio para barrar o projeto, defendendo alternativas para o desenvolvimento da região, como a agricultura orgânica e familiar e o turismo ecológico.