No País, só 46% das obras foram entregues

Em 2007, o governo federal criou o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Foram criadas 14 novas instituições – o que possibilitou praticamente dobrar o número de oferta de vagas. As infraestrutura, entretanto, não acompanhou o ritmo: dos 3,5 milhões de metros quadrados de obras previstas, nem metade (46%) foi construída.

O Reuni se encerra no ano que vem, com uma expectativa de mais obras pela frente – ainda que sem haver uma previsão definitiva de quando as que já foram iniciadas ficarão prontas.

Até o processo seletivo de 2013, haverá 4 novas universidades e outros 47 câmpus. De 2008 até o ano que vem, o governo federal terá desembolsado no programa R$ 5 bilhões – somente em 2012, os gastos serão de R$ R$ 593 milhões, segundo o Ministério da Educação (MEC).

A expansão como foi feita já recebeu críticas por ser classificada como apressada, visão refutada pelo MEC. “A expansão foi extremamente bem planejada e os problemas estão sendo superados. É um processo passageiro”, defende o secretário de Educação Superior do MEC, Luiz Claudio Costa. “Será que poderíamos ficar esperando tudo ficar pronto para depois fazer a expansão? Não. Até porque jamais comprometemos a qualidade”, completa. O secretário ressalta que, das14 novas federais, nove já foram avaliadas pelo Exame Nacional do Ensino Superior (Enade) e tiveram notas entre 4 e 5 – índices considerados bom.

De acordo com Costa, a secretaria faz agora a avaliação e acompanhamento do que foi e está sendo feito para que se dê os próximos passos. “Agora estamos planejamento a expansão estratégica do ensino superior”, diz ele, referindo-se à preocupação do ministério com áreas de muita demanda, mas que carecem de profissionais – como Engenharias, por exemplo.

Inclusão. O MEC trabalha com a meta de inclusão de 33% dos jovens de 18 a 24 anos no ensino superior até 2020 – dado que já faz parte do Plano Nacional de Educação (PNE), em análise na Câmara federal. Em dezembro do ano passado, o número de brasileiros dessa faixa etária matriculados em instituições públicas, privadas ou confessionais de ensino superior era de apenas 17,4% – longe dos 30% que previa o PNE que teve vigência entre 2000 e 2010.

A meta atual é, portanto, apenas 3 pontos porcentuais superior à descrita anteriormente. Costa diz estar confiante em superá-la, mas preferiu não estipular em quanto tempo. “Estamos convictos que vamos superar. Agora temos toda uma estrutura de fato e ações, como a expansão dos institutos federais e a Universidade Aberta, o ProUni (Porgrama Universidade Para Todos) e o Fies (Financiamento Estudantil)”. / P.S.