Governo bloqueia emendas parlamentares, e corte no orçamento da UFSC pode superar R$ 60 milhões

Reitor convoca reunião extraordinária do Conselho Universitário aberta à comunidade para avaliar a gravidade da situação

Em audiência concedida à direção da Apufsc-Sindical na tarde desta segunda-feira (06), o reitor da UFSC, Ubaldo Balthazar, informou que o corte nos recursos da instituição em 2019 foi ampliado ainda mais, com o bloqueio, pelo governo, das emendas palrlamentares destinadas à Universidade. Em consequência, o corte já atinge 35% dos recursos previstos para custeio e investimento da Universidade este ano, representando um montante superior a R$ 60 milhões.

Durante a manhã, o reitor reuniu os diretores dos Centros de Ensino para apresentar os números e anunciar um corte imediato de 30% nos duodécimos de todos os setores da UFSC, necessário, segundo ele, para garantir o funcionamento da UFSC pelo menos até agosto, quando espera que os cortes federais possam ter sido revistos pelo governo. Caso contrário, o término do ano acadêmico pode ser comprometido. Este também foi o tema da conversa, durante a tarde, do reitor com o senador Espiridião Amin (PP-SC), integrante da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Federais, que participará nesta terça-feira (07) da reunião da Comissão de Educação, Cultura e Desporto do Senado com o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Na quarta-feira, o reitor Ubaldo Balthazar irá a Brasília, para participar da reunião da Comissão de Orçamento da Andifes, que prepara os argumentos dos reitores que serão apresentados ao ministro da Educação numa audiência marcada para o dia 16.

A reunião extraordinária do Conselho Universitário convocada para às 14 horas da próxima quinta-feira, dia 9, para debater a situação financeira da UFSC, será aberta à comunidade e realizada no Auditório da Reitoria. As atividades que correm mais risco de corte, pelo volume de recursos envolvido, na avaliação da Reitoria, são o restaurante universitário, a assistência estudantil e os serviços terceirizados, mas os cortes devem atingir todos os setores e afetar negativamente as atividades fim da universidade, como ensino, pesquisa e extensão.

Na audiência com o reitor, o presidente da Apufsc, Bebeto Marques, manifestou ao reitor o apoio dos professores à luta em defesa da UFSC, e relatou ao reitor a atuação do  sindicato para mobilizar os professores, ao lado dos demais segmentos da universidade, para que se consiga reverter os cortes anunciados pelo governo.

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