Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFSC vê com “apreensão” congelamento de bolsas

Em nota, PROPG alerta também para instabilidade nos quadros do MEC e da Capes 

Depois de ser pega de surpresa com a suspensão de bolsas da Capes, a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFSC (PROPG/UFSC) enviou um comunicado, hoje, aos coordenadores de Programas de Pós-Graduação da universidade sobre os cortes de bolsas identificados no sistema nos últimos dias. No documento, a Pró-Reitoria diz que que  “está acompanhando com apreensão as notícias de cortes de verbas no MEC e na Capes, bem como a instabilidade dos quadros técnicos nos respectivos órgãos”. Ao todo foram cortadas, 71 bolsas – 36 de doutorado e 35 de mestrado. 

Segundo a nota, os sistemas operacionais de  bolsas Capes-DS, Capes-PNPD e Capes-PROEX não foram abertos para o mês de maio e, portanto, não foi possível realizar novas implementações de bolsas. “Além disso, os sistemas para homologação de bolsas do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) e do Programa Institucional de Internacionalização (Capes-PRINT/UFSC) também está fechado, inviabilizando a implementação de cotas de bolsas de doutorado sanduíche no exterior já concedidas pelos Editais Nº41/CAPES/2017 (Capes-PRINT) e Nº 41/Capes/2018 (Capes/PDSE)” 

Questionada, a Capes se manifestou sobre o assunto apenas no dia 8 de maio, informando que decidiu recolher as bolsas e taxas escolares não realizadas no mês de abril.  

A PROPG, no entanto, destaca que as bolsas cortadas não estava ociosas na UFSC. Das 71 bolsas Capes-DS suspenas, 21 aguardavam para serem remanejadas – o que foi solicitado à Capes no dia 29 de março. As demais, seriam implementadas em maio.  “Como o sistema está fechado, os discentes que estavam esperando o início de bolsas a partir de maio, bem como aqueles que se encontravam em processo seletívo por edital, a princípio, estão sem as bolsas pretendidas”, diz a nota. 

A Pró-Reitoria critica também a falta de informação. “Infelizmente, a maior parte das informações que recebemos é pela imprensa”, afirma. “A PROPG está buscando contato com o presidente da CAPES, professor Anderson Ribeiro Correia, e retomará o mais breve possível com outras informações oficiais.”