Weintraub não descarta novos cortes no orçamento do MEC

Sob o argumento de que a economia brasileira vai crescer menos do que se esperava, o governo já fala em novos cortes no orçamento. Diante disso, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, não descartou novos bloqueios no orçamento da pasta. 

A equipe econômica do governo Jair Bolsonaro (PSL) fará uma revisão de crescimento da economia para entre 1,5% e 2% neste ano. Isso pode levar a um bloqueio de até R$ 10 bilhões —o que se somaria aos mais de R$ 30 bilhões de contingenciamento de todo o governo.

O MEC (Ministério da Educação) sofreu congelamento de R$ 7,4 bilhões. Weintraub tem insistido que o descongelamento desses recursos depende da aprovação da reforma da Previdência. Mas com a informação de revisão do crescimento, novos cortes não estão descartados.

“Vou perguntar para o [ministro da Economia] Paulo Guedes especificamente sobre isso. Hoje não tenho como antecipar”, disse. “A única certeza na vida é a morte e os impostos”, completou ele, ao ser questionado se a Educação estaria blindada.

O ministro recebeu jornalistas em um café da amanhã nesta terça-feira (14). Ele apresentou informações já prestadas no Senado na última semana e reafirmou que a prioridade do governo na área será a educação infantil, embora não tenha detalhado qualquer ação.

Mobilização 

 

Entidades educacionais, estudantes e professores convocaram para quarta-feira (15) uma série manifestações pelo Brasil. Weintraub não quis comentar o assunto.

O MEC chamou a Força Nacional para proteger a sede da pasta. Agentes da força já estavam presentes diante da pasta na manhã desta terça. O secretário executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel, disse que o chamado foi feito por precaução. 

“Se a gente não chama, a gente é responsabilizado”, disse.

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