Nas ruas de Florianópolis, mais de 30 mil pessoas em defesa da Educação

Protestos começaram pela manhã, na UFSC, e continuaram no Centro da capital 

Os ataques do governo Bolsonaro à Educação e o recente corte de 30% nas verbas de custeio das universidades levaram milhares de pessoas às ruas de Florianópolis nesta quarta-feira, em uma das maiores manifestações feitas na cidade nos últimos anos. Segundo os organizadores, 30 mil participaram do protesto. A Polícia Militar fala em 20 mil. 

A mobilização começou pela manhã, na UFSC, com um ato unificado organizado pela Apufsc-Sindical, Sintufsc, APG e DCE.  Em praticamente todos os centros da universidade, as atividades foram paralisadas. 

Por volta das 13h30, uma multidão saiu em passeata da UFSC em direção ao centro, passando pela  Avenida Beira-Mar Norte. Estudantes, professores e servidores da UFSC e da Udesc se encontraram com manifestantes do IFSC e seguiram juntos até a Catedral de Florianópolis. De lá, caminharam até o Ticen e depois para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Só por volta das 18h, os manifestantes começaram a se dispersar. 

“Acho importante essa representação dos estudantes pra mostrar que a gente não tá fazendo balbúrdia”, disse Vitor Costa, estudante de Engenharia Eletrônica da UFSC, em  referência às declarações polêmicas do ministro da Educação Abraham Weintraub, que associou o corte a atos de “balbúrdia”. “A gente tá mostrando pra população que a gente não tá desperdiçando dinheiro público, a gente tá se formando pra ajudar o país.”  

 Abaixo, cenas da mobilização em Florianópolis na tarde desta quarta-feira. 

Manifestantes seguem pela Beira Mar Norte em direção ao centro da cidade 

Um dos gritos de ordem, nas ruas, era: “Não vai ter corte, vai ter luta!” 

A chuva não dispersou quem saiu da UFSC e da UDESC em direção à Catedral 

Victor Lacombe / Manoela Bonaldo