Governo anuncia novo bloqueio nesta quarta-feira (22)

Valor Econômico e O Globo antecipam que governo vai anunciar uso de reserva orçamentária, montante de R$ 5,3 bilhões, para evitar novos cortes nos ministérios

O governo vai anunciar novos contingenciamentos nesta quarta-feira (22), informa a Agência Brasil. O bloqueio de verbas será detalhado pela Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia na nova edição do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas. Publicado a cada dois meses, o relatório traz as atualizações das estimativas oficiais para a economia brasileira e o impacto delas nas previsões de receitas e despesas.

Com base nas receitas, o governo revisa as despesas para garantir o cumprimento da meta fiscal. Na última semana, o Boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central (BC), indicou na última segunda-feira (20) que o PIB fechará o ano em 1,24%. O novo bloqueio seria consequência da desaceleração do PIB e da redução de receitas.

Em sua coluna no Globo, a jornalista Miriam Leitão afirma que o “novo contingenciamento será menor do que R$ 3 bilhões e não afetará despesas”. Ela antecipa que o governo deve dizer que usará parte dos recursos que deixou em reserva orçamentária: quando fez o contingenciamento de R$ 30 bilhões, o governo teria deixado R$ 5 bilhões em uma espécie de reserva. “O valor que vinha sendo dito (para o novo contingenciamento) era de em torno de R$ 10 bilhões, mas pelas contas revistas não será necessário um corte deste tamanho”, relatou a jornalista.

O uso desses recursos de reserva orçamentária, no valor de R$ 5,3 bilhões, também é apontado pelo Valor Econômico como uma forma de o governo evitar novos bloqueios. “O governo trabalha para tentar evitar novo bloqueio de despesa, como era esperado”, destaca o jornal, que ouviu fontes que participaram da reunião da Junta Orçamentária, na última segunda-feira (20), as quais teriam apontado o uso daquela reserva para evitar mais cortes nos ministérios. A preocupação política de não alimentar movimentos contrários ao governo teria motivado o uso da reserva de contingência .

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