Plano de reestruturação de universidades vai permitir captação de recursos privados, diz jornal

Material do governo fala em “inovação e empreendedorismo nas universidades”

O plano de reestruturação das universidades federais que será apresentado hoje pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, ao presidente Jair Bolsonaro e a alguns reitores vai permitir que as instituições captem e utilizem recursos privados independentemente do orçamento, informa o jornal Valor Econômico. Segundo fontes ouvidas pelo veículo, o material de divulgação do governo fala em “inovoação e empreendedorismo nas universidades”. 

Segundo Weintraub, a adesão das universidades ao programa, chamado de Future-se, será facultativa. O plano está em formulação desde a entrada do economista no MEC em março, quando assumiu como ministro da Educação no lugar do professor colombiano Ricardo Vélez Rodríguez. Weintraub disse que o objetivo é aproximar o Brasil de modelos como o australiano, onde o orçamento do ensino superior é baseado nas rendas futuras de estudantes. Antes de ser implementado, o Future-se deve passar por uma consulta pública. O MEC desmentiu os “rumores” de que haveria cobranças de mensalidade de estudantes da graduação.

A gratuidade do ensino público, inclusive graduação, mestrado e doutorado, é garantida na Constituição, e foi reafirmada por decisão do STF de 2017, que entretando aprovou a cobrança de cursos de especialização lato sensu.

Leia mais: Valor


V.L./L.L