Confira como ficam as aulas presenciais em Santa Catarina após novo mapa de risco

Quatro regiões catarinenses estão em nível apto para o retorno, de acordo com a última atualização do mapa de risco para Covid-19

Com o fim da semana se aproximando, os olhares se voltam para a atualização do mapa de risco para Covid-19 em Santa Catarina. Isso porque os indicadores do mapa balizam o funcionamento de diversos serviços no Estado, entre eles a volta às aulas presenciais.

A portaria divulgada pelo governo no dia 6 de outubro regulamentou a reabertura das escolas a partir desta quarta-feira (13). No entanto, vale somente para as regiões com risco moderado (azul) ou alto (amarelo) no mapeamento estadual. Os estudantes estão autorizados a retornar a partir da próxima segunda-feira (19).

O mapa mais recente divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, ao qual o ND+ teve acesso na manhã desta quinta-feira (15), mostra que 12 regiões continuam em nível grave (laranja) de contágio da doença. Não há nenhuma região em nível gravíssimo nem moderado.

Com a nova classificação, as regiões em nível alto são Oeste, Xanxerê, Alto Vale do Itajaí e Médio Vale do Itajaí. Sendo assim, as atividades escolares presenciais só estão autorizadas nestas quatro regiões.

Caso, em uma nova atualização do mapa, a área tenha o risco aumentado e vá para grave, o escalonamento dos alunos será paralisado, de acordo com a Secretaria de Estado da Educação.

A Serra, por exemplo, estava no nível alto na semana passada. Na última atualização, passou para o grave. O motivo, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, foi a piora nos indicadores.

Já no Alto Vale do Itajaí foi o contrário: a região caiu do grave para o alto, ou seja, está autorizada a retomar as atividades escolares presenciais.

Critérios para a reabertura

A suspensão das atividades presenciais em Santa Catarina expirou na última terça-feira. Sendo assim, a autorização para o ensino presencial em escolas públicas e privadas não depende mais de uma data, mas sim, de outros critérios:

  • homologação do plano de contingência da escola no Comitê Municipal;
  • região estar representada pelas cores amarelo (alto) e azul (moderado) no mapa da matriz de risco para Covid-19.

Conforme a portaria nº 750, os Comitês Municipais são responsáveis por deliberar sobre os planos de cada escola da rede pública e privada a partir das regras previstas no PlanCon (Plano de Contingência da Educação de Santa Catarina), documento elaborado em conjunto por mais de 15 entidades.

Segundo a Secretaria de Estado da Educação, os Comitês Municipais estão formados desde a semana passada e devem começar a receber nesta semana os planos das escolas de todas as redes.

Caso tenham o plano de contingência homologado e estejam em regiões representadas pelas cores azul ou amarelo no mapa da matriz de risco para Covid-19, as escolas podem iniciar as atividades presenciais a qualquer momento.

As redes municipais e privadas têm autonomia para definir o formato pedagógico e as escalas dos estudantes para o retorno. O órgão alerta, no entanto, que o retorno dos estudantes, previsto para a próxima segunda-feira (19), pode atrasar em alguns dias.

Isso porque dificilmente os Comitês Municipais conseguirão analisar os planos, aprová-los e liberar as escolas para o retorno das operações já no dia 19. Além disso, o processo de chamada dos professores também pode atrasar a reabertura das unidades e o início das atividades escolares.

Retomada gradativa

A pasta da educação firma que o retorno deve ser gradativo, com intervalos de sete dias entre os grupos de alunos que retornarem, com monitoramento das transmissões.

O retorno na rede estadual iniciará pelos alunos do terceiro ano do Ensino Médio com dificuldade de aprendizagem. Os alunos do segundo ano devem ser incluídos na semana seguinte e assim sucessivamente, até chegar ao sexto ano do Ensino Fundamental. A presença não é obrigatória.

Os alunos de anos iniciais do Ensino Fundamental não devem ter atividades presenciais neste ano. A exceção é na Educação de Jovens e Adultos, que deve ter Apoio Pedagógico apenas para estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Todos os alunos da rede estadual, independentemente da participação no Apoio Pedagógico Presencial, seguem em atividades remotas até o fim de 2020.

Fonte: ND