Apesar do avanço da covid, Bolsonaro quer volta às aulas presenciais

Presidente criticou a resistência de reitores à volta das universidades federais; Mourão chamou de “hipocrisia” a recusa

Apesar do crescimento de casos de covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse desejar o retorno das aulas presenciais em todos os níveis de ensino. Em conversa com apoiadores ao retornar ao Palácio da Alvorada, nesta quarta-feira (2) o chefe do Executivo criticou a resistência de reitores à retomada.

“Estamos tentando a volta às aulas. Conversei agora com o ministro da Educação. Queremos voltar às aulas presenciais em todos os níveis, mas os reitores agora chegaram nele… ‘não, queremos só começar em 2022’. Aí, no meu entender, não tem cabimento”, disse o presidente.

A manifestação de Bolsonaro ocorre no mesmo dia em que o Ministério da Educação publicou, e foi pressionado a revogar, portaria que recomendava a retomada das aulas presenciais nas instituições de ensino superior a partir de 4 de janeiro.

A portaria do MEC poderia ser judicializada porque universidades têm autonomia e existe previsão legal para que governos regionais tomem decisões de caráter sanitário. A repercussão negativa da portaria do ministro Milton Ribeiro, entre instituições e especialistas que disseram que a medida era inconstitucional, acabou fazendo o governo voltar atrás.

Mourão chama de ‘hipocrisia’ recusa à volta das universidades federais

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, chamou de “hipocrisia” a recusa de reitores e associações de estudantes em retomar as aulas em universidades federais em meio à pandemia de Covid-19. Mourão falou com jornalistas ao chegar ao Palácio do Planalto nesta quinta-feira (3).

Para Mourão, as pessoas que não querem voltar às aulas são as mesmas que estão frequentando bares e restaurantes.

“Isso é um assunto controverso, porque acho que até tem certa hipocrisia. As pessoa saem para a rua, vão para bares, restaurantes, mas não podem ir para aula”, disse o vice-presidente. “A mesma turma que não quer voltar para aula, vai para balada, vai parar bar. Então, vamos ser coerente nas coisas”, completou.

Leia na íntegra: UOL / G1