Ministério da Educação reduz repasses em 8% e prefeituras precisam devolver dinheiro do Fundeb

Uma portaria do MEC publicada no final de novembro estabeleceu redução no valor do custo por aluno

As dificuldades financeiras que levam 252 prefeituras paulistas a não pagar o piso salarial para seus professores tendem a se agravar em 2021, inclusive para aquelas que cumpriam a lei sobre a remuneração mínima. O repasse federal na área vai cair 8%. Uma portaria do Ministério da Educação (MEC) publicada no final de novembro estabelece redução no valor do custo por aluno. Em média, passará de R$ 3,6 mil ao ano para R$ 3,3 mil. 

Mesmo com o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que em 2021 prevê complementação de 2% para cidades deficitárias, as contas não devem fechar. “Não tem como dar certo. A folha de pagamento não vai diminuir, mas a receita vai despencar”, comenta o presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Martins Garcia.

Entidades estão pressionando o governo federal para reverter a decisão, mas Garcia não está muito otimista. Embora crie um cenário de caos financeiro para as cidades, a medida foi baseada em dados da movimentação econômica, muito afetada pelas restrições causadas pela covid-19. “Nós nem pedimos que aumente, apenas que o valor do custo/aluno seja mantido”, afirma Garcia. 

Leia na íntegra: Estadão