ANPG denuncia apagão na Ciência e na Educação no País

Em nota pública, Associação Nacional de Pós-Graduandos convoca para jornada de lutas em defesa da vida e recursos públicos para o conhecimento

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) publicou na última quarta-feira, 24 de fevereiro, uma nota em que denuncia a possibilidade de haver, já neste mês, o que chamou de “um verdadeiro apagão” na educação e na ciência. A previsão é reflexo de uma série de medidas e dos sucessivos cortes promovidos pelo governo Bolsonaro na área, como a previsão de redução de 34% nos recursos para o Ministério da Ciência e Tecnologia, de 18% no Ministério da Educação – o que representará um corte de mais de R$ 1,4 bilhão das universidades e institutos federais -, além de R$ 1,2 bilhão da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (CAPES).

Por isso a entidade convoca a rede do movimento nacional de pós-graduandos, assim como os demais estudantes, professores, cientistas e toda a sociedade civil, a construírem uma mobilização durante todo o mês de março. Batizada de “Jornada de Lutas em Defesa da Vida e do Orçamento do Conhecimento”, a série de ações visa a mobilizar e articular os Deputados Federais e Senadores a mudarem esse cenário, para criar soluções justas para a crise social, sanitária e econômica que atravessa o País.

A mobilização nacional também tem como objetivo que o Congresso possa agir sobre as seguintes pautas:

– Vacinação de toda a população brasileira;

– Aprovação da prorrogação do auxílio emergencial para todos os brasileiros em condições de vulnerabilidade social;

– Rejeitar o Projeto de Emenda Constitucional 186/2019, para manter os recursos para saúde e educação;

– Recompor o orçamento das universidades e institutos federais e das agências de fomento;

– Pôr fim ao condicionamento do orçamento das universidades e órgãos de pesquisa à aprovação de créditos suplementares;

– Derrubar os vetos ao FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que retiram a proibição dos recursos serem colocados em reserva de contingência;

Leia a carta na integra aqui.

Com informações do Jornal da Ciência