‘O atual ministro consegue ser pior que Weintraub’, alerta presidente do Todos pela Educação

Segundo Priscila Cruz, graves falhas na execução orçamentária e na gestão de programa estratégicos ampliam as dificuldades para o setor, que enfrenta seu ano mais desafiador pelos efeitos da pandemia, mostra O Globo

Em seu discurso ao ser empossado no Ministério da Educação (MEC), em julho do ano passado, Milton Ribeiro prometia um legado positivo e de esperança para as gerações futuras. No mesmo pronunciamento, assegurava foco na educação das crianças e no ensino profissionalizante. “Queremos abrir um grande diálogo para ouvir os acadêmicos e educadores que, como eu, estão entristecidos com o que vem acontecendo em nosso país”, completou Ribeiro, ao ser nomeado como o terceiro ocupante do cargo no governo Bolsonaro. Antes dele, vieram Ricardo Vellez Rodrigues e Abraham Weintraub, cujas gestões foram marcadas por criticas de técnicos e também por polêmicas, principalmente no caso de Weintraub. Mas, passados nove meses da chegada de Ribeiro ao MEC, as polêmicas ficaram para trás, porém as críticas continuam. Na verdade, se intensificaram. Algumas vieram da estrutura da própria pasta, como a do ex-presidente do Inep, Alexandre Lopes, que revelou à repórter Paula Ferreira que o Enem deste ano corre risco de não acontecer por falta de recursos e planejamento. Nesta terça-feira, reportagem do GLOBO também mostrou que o orçamento deste ano para investimentos do MEC é o menor desde 2018, em um ano chave para dar conta dos desafios impostos pela pandemia. Esse conjunto de fatores, entre outros, faz como que especialistas, como Priscila Cruz, presidente do movimento Todos pela Educação, entrem em alerta.

– A gente tem um ministério da Educação que não cumpre o seu próprio papel legal, o seu papel constitucional. Eu já havia dito que o Weintraub era o pior ministro da Educação do país, mas hoje eu preciso rever essa minha frase. O ministro Milton Ribeiro consegue ser pior – afirma Priscila, que também é mestre em administração pública e há 20 anos acompanha em detalhes as políticas públicas para o setor.

Leia na íntegra: O Globo