Com menor orçamento de assistência estudantil na década, alojamentos universitários têm insegurança e falta de comida

Como mostra O Globo, alunos precisam vencer o mês com R$ 300, se organizar por segurança e até exigir por comida de qualidade; verba caiu 31% em comparação com 2015

Nos alojamentos das universidades federais, vazios por conta da Covid-19, estudantes que seguem vivendo longe de casa relatam lutas, medos e insegurança, inclusive alimentar, em meio a paredes sem reboco nem pintura e falta de segurança. No Brasil, cerca de 40 universidades federais possuem hoje alojamentos funcionais onde vivem quase  20 mil pessoas.

Em 2021, o valor destinado para assistência estudantil no ensino superior, que paga auxílios como alimentação, transporte, médico e moradia, é o menor da década (em valores atualizados pelo IPCA). Desde 2012, chegou ao pico em 2015, com R$ 1.25 bi, e, em 2021, está em R$ 865 milhões, uma queda de 31%. Na última década, no entanto, as matrículas nas universidades federais aumentaram em 60%.

Reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a que tem o maior número de alunos (2.600) em alojamentos entre as públicas, Paulo Burmann conta que os prédios foram construídos há 40 anos e precisam de reformas. Elas até começaram em 2020, mas serão interrompidas.

“Não vamos conseguir terminar as obras com o orçamento previsto”, afirma o também é vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Leia na íntegra: O Globo