Abalo na avaliação da Capes afeta espinha dorsal da pós-graduação no país

MEC deveria analisar os problemas da educação em vez de tentar silenciar os resultados, aponta opinião de Sabine Righetti à Folha

Sabine Righetti é pesquisadora da Unicamp e coordenou o Ranking Universitário Folha do seu lançamento até 2019

A autorização judicial para que a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) retome a avaliação dos programas de pós-graduação do país até disfarça, mas não altera o desmonte que a instituição tem sofrido.

Na prática, pela nova determinação da Justiça, os resultados da avaliação quadrienal da agência não poderão mais ser divulgados. Isso impacta toda a pós-graduação do país, que tem se desenvolvido há décadas ao redor de um sistema de notas.

Estamos falando de mais de 4.000 programas de pós-graduação ativos no Brasil. É como se todos os cursos que formam cientistas e que fazem pesquisa em áreas como astronomia, genética ou linguística, antes balizados pelos indicadores da Capes, agora ficassem às cegas.

A Capes foi criada na década de 1950, vinculada ao MEC, quando universidades como a USP tinham acabado de debutar —e instituições como a Unicamp e a UnB ainda não tinham nem sido criadas. É, portanto, tão jovem quanto nosso próprio ensino superior.

Leia na íntegra: Folha de S. Paulo