Cláudia Toledo: Não há desmonte nem flexibilização da qualidade na gestão da Capes

Como órgão de Estado, instituição está comprometida com o interesse público, destaca a presidente da Capes Cláudia Toledo em opinião na Folha

Cláudia Mansani Queda de Toledo é presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) desde abril de 2021, é advogada, professora de direitos humanos e doutora em sistema constitucional de garantia de direitos. Em opinião publicada ontem, 15, na Folha, ela destaca sua posição após pesquisadores criticarem liminar que suspendeu avaliações da instituição.

“Um dos grandes valores de uma sociedade plural no Estado democrático é a natureza dialética das narrativas, que, seguidas de respostas tensionais, aperfeiçoam o significado dos elementos estruturantes desta mesma sociedade —um deles sempre ao centro do debate social: a pós-graduação brasileira. Mas há uma inarredável vedação nessas ressignificações dialéticas de valores: a proibição de retrocesso qualitativo.

Na presidência da Capes há quase dez meses, observo e faço parte do intenso debate em torno dos grandes temas que condicionam o sucesso do sistema da pós-graduação brasileira, tais como avaliação, orçamento, autonomia acadêmica, preparo técnico dos gestores designados, convivência entre o público e o privado, aumento de bolsas, fuga de cérebros brasileiros, participação da sociedade civil e princípios da administração pública, como transparência, eficiência, previsibilidade, legalidade e isonomia, dentre tantos outros.

Na ebulição desses temas, diante de narrativas equivocadas, sempre creio nos fatos subsequentes de gestão para trazer à tona a verdade; entretanto é preciso esclarecer alguns pontos fundamentais para que a comunidade científica e toda a sociedade possam saber sobre os rumos de algumas questões importantes, sob pena de desnecessária e equivocada sensação de insegurança e descrédito no sistema da pós-graduação no país”.

Ela também utiliza do espaço para se contrapor ao artigo publicado na Folha, em que professora apontava para o desmonte dos instrumentos de gestão da Capes.

Leia na íntegra: Folha de S. Paulo