Crise no MEC: crítica genérica de Milton Ribeiro a servidores é grave, diz diretor de associação

Onze funcionários públicos entregam cargos de chefia no Ministério da Educação após titular da pasta reclamar da atuação de consultoria jurídica, destaca o Globo

O diretor da Associação Nacional dos Advogados da União (Anauni), Caio Alexandre Wolff, saiu em defesa da categoria após onze profissionais entregarem os cargos de chefia na Consultoria Jurídica (Conjur) do Ministério da Educação (MEC). O pedido coletivo de exoneração veio após manifestação do ministro da Educação, Milton Ribeiro, feita em cerimônia interna da pasta, no sentido de que a Conjur estaria colocando entraves no acesso de grupos econômicos à pasta, conforme revelou o GLOBO. Wolff afirma que a “crítica genérica” do ministro é “grave” e atinge todos os servidores da Advocacia Geral da União, que atendem aos órgãos do governo.

— O mais grave é que é uma crítica genérica do ministro para cima do trabalho da Consultoria Jurídica, uma incompreensão do papel da burocracia estatal no bom sentido — aponta Wolff.

Wolff sugere, a partir do conteúdo da manifestação do próprio ministro, ao reclamar da Conjur na presença de integrantes do departamento, que houve divergências entre posicionamentos expressados pela equipe e anseios de Milton Ribeiro. No pedido coletivo de exoneração, os onze consultores jurídicos registraram que atuam em defesa da “legalidade e da supremacia do interesse público sobre o privado”.

— O ministro teve algum processo ou outro, de algum assunto que ele entendeu que a consultoria não acatou os interesses de alguém que ele entendia que seriam adequados, e partiu para uma crítica generalizada, coletiva, não só aos onze que entregaram os cargos de chefia, mas à instituição AGU como um todo — diz Wolff.

Leia na íntegra: O Globo