Mesmo com baixa no MEC, evangélicos históricos marcam presença no governo

A saída do pastor presbiteriano Milton Ribeiro da chefia do MEC (Ministério da Educação) na última segunda-feira (28) não alterou a forte presença de representantes do chamado protestantismo histórico em diferentes áreas do governo de Jair Bolsonaro (PL). Mesmo sem experiência prévia, eles ocupam cargos estratégicos nos três Poderes.

Os evangélicos históricos ou tradicionais são presbiterianos, batistas, metodistas e anglicanas. Eles são descritos como pessoas com perfis mais técnicos, discretos e sem o apelo midiático de igrejas do protestantismo pentecostal e neopentecostal — ligados à Assembleia de Deus, por exemplo.

Focado na defesa das pautas de costumes, o grupo de evangélicos tradicionais construiu uma teia de indicações que acabam auxiliando no aparelhamento ideológico no governo. Ribeiro, por exemplo, manifestou interesse de ter acesso ao Enem para evitar aquilo que chamou de “questões de cunho ideológico”.

Fábio Py, doutor em teologia pela PUC-Rio, descreve o grupo como os “mais intelectualizados”. “Os protestantes tradicionais estão assumindo as áreas mais técnicas porque, entre os evangélicos, são os que têm um largo histórico de formação educacional”, afirmou em artigo publicado no site do IHU (Instituto Humanitas Unisinos).

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