Universidades federais cortam até vagas de vestibular por falta de professores

Atualmente o déficit é de pelo menos 11 mil servidores. Os cargos foram prometidos às instituições, mas não foram criados, mostra o Estadão

A falta de professores e técnicos nas universidades federais já tem provocado um efeito colateral: o corte de vagas abertas para estudantes nos vestibulares das instituições. Conforme o Estadão revelou, há hoje um déficit de pelo menos 11 mil servidores nas universidades. São cargos prometidos às instituições, por causa de novos cursos ou campus, e que não foram criados.

Sem conseguir atender à demanda de todos os alunos, as instituições refazem o planejamento de vagas para vestibulandos. Os estudantes concorrem a uma vaga por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com a nota da prova em um sistema federal de seleção, o Sisu.

Na Federal do Oeste da Bahia (Ufob), as vagas de vestibular nas duas últimas edições do Sisu (2021 e 2022) para Medicina e Direito foram reduzidas pela metade. Em vez de entrarem 80 alunos, só ingressaram 40 por falta de professores.

Segundo Jacques Antonio de Miranda, reitor da Ufob, criada em 2013, dos 357 cargos de docentes e 408 de técnicos previstos, houve a liberação de 64% das vagas de professores e de 57% para os técnicos. Na Medicina, a previsão era de 80 docentes, mas chegaram só 40 – por isso a redução no vestibular, na mesma proporção.

Leia na íntegra: Estadão